Preocupados com novas variantes da Covid, líderes da UE buscam intensificar vacinação

Por Sabine Siebold e Jan Strupczewski

Chanceler alemã, Angela Merkel, em Berlim

BRUXELAS (Reuters) – A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a União Europeia precisa se preparar para a vacinação contra as novas variantes da Covid-19 nos próximos anos, após líderes do bloco discutirem maneiras de intensificar a imunização preservando empresas e o turismo. 

Os 27 líderes da UE concordaram em manter em vigor “restrições duras” sobre a vida pública e o livre movimento enquanto o bloco age para combater novas variantes que podem prejudicar a retomada econômica. 

“Precisamos nos preparar para uma realidade na qual vamos precisar de vacinação contínua, por um período de tempo mais longo, talvez por anos, devido às novas variantes do coronavírus, situação semelhante à que conhecemos com a gripe”, disse Merkel. 

A Comissão Europeia, que representa o poder executivo do bloco, informou na reunião virtual dos líderes que 51,5 milhões de doses de vacinas já haviam sido entregues à UE até agora, e 29,17 milhões delas foram aplicadas, e cerca de 5% dos cidadãos já tomaram a primeira dose, de acordo com dados vistos pela Reuters. 

A Comissão e os países da UE têm sido criticados por erros no programa conjunto de imunização e pela chegada irregular de doses que deixa o bloco muito atrás de países como Israel, Reino Unido e Estados Unidos.

O presidente da cúpula Charles Michel disse que o bloco quer “mais previsibilidade e transparência” das empresas farmacêuticas que fracassaram em entregar volumes contratados de vacinas, colocando em risco a meta da UE de imunizar 70% de sua população adulta até o final do verão no hemisfério norte. 

Após a pandemia matar mais de 900 mil pessoas na Europa e jogar o continente para a maior recessão de sua história, os líderes da UE concordaram em avançar projetos de certificados de vacinação, uma esperança para que os países do sul possam retomar as atividades turísticas no verão.

Mas outros governos, incluindo França e Alemanha, ainda estão céticos. Merkel disse que trabalhos técnicos nessa questão precisam ser finalizados até o verão.

Enquanto a UE traça uma linha fina entre as restrições para conter a propagação de infecções e a manutenção das fronteiras abertas para garantir um fluxo contínuo de bens e serviços em seu mercado comum, Merkel disse que não espera impor restrições mais duras na fronteira com a região francesa de Moselle por enquanto. 

Embora as taxas de infecção estejam em queda em cerca de 20 Estados membros da UE, há temores de novos picos enquanto a variante do coronavírus detectada primeiramente no Reino Unido se espalha com rapidez. 

A chefe da Comissão, Ursula von der Leyen, disse que a variante britânica está presente em 25 dos 27 países do bloco, a variante sul-africana em 14 e a brasileira em sete países.

“Há um cansaço crescente pela Covid em nossos cidadãos (…) Mas não podemos relaxar agora. A situação não apenas continua séria em muitas partes da Europa, como também precisamos observar as novas variantes que estão se espalhando”, disse ela. 

(Reportagem de Sabine Siebold, Gabriela Baczynska, Jan Strupczewski, Francesco Guarascio, John Chalmers)

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