O homem acusado de racismo contra o frentista e o funcionário de um posto de combustíveis do bairro Boqueirão, em Curitiba, se apresentou nesta segunda-feira (16) à Polícia Civil.
Marcelo Francisco da Silva foi até a delegacia acompanhado de seu advogado, mas ficou em silêncio durante o depoimento à polícia. Ele também não falou com a imprensa, mas seu defensor, Raphael Nascimento, apresentou a versão do empresário sobre o caso.
“O Marcelo passa por situação de alcoolismo e uso de drogas e isso foi o ponto chave que, infelizmente, por conta disso, tem destruído a vida profissional e familiar e colocou ele nesse caso”, explica o advogado.
“Então, a bebida é a responsável principal, não que justifique o ato que ele cometeu; nos foi trazido uma situação que ele foi provocado inicialmente, e por conta do alcoolismo, desencadeou tudo isso”, completa o Nascimento.
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O advogado também alega que “esse fato lamentável agrediu não só esses meninos, como também as famílias deles, e também a família do Marcelo (…) Essa defesa, de forma alguma, fará prova em contrário daquilo que aconteceu naquele vídeo. O Marcelo responderá por todos os atos que causou”.
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O empresário responde em liberdade ao processo. A Polícia Civil vai analisar as imagens do circuito de segurança do posto para ter mais detalhes de como começou a briga.
O delegado Nasser Salmen, responsável pela investigação, afirma que o caso está caracterizado até agora como crime de injúria racial.
“A injúria racial está denotada por racismo através do advento da lei 15.532/2023, que equipara a injúria racial ao racismo”, explica o delegado.
Salmen esclarece também que, até agora, só teve acesso ao vídeo com as ofensas racistas ao frentista. Imagens das câmeras de segurança do posto serão analisadas para confirmar os ataques ao outro funcionário do estabelecimento que também acusa Marcelo dos mesmos crimes.