A taxa de desemprego no Brasil registrou recuo de 0,6% no trimestre de julho a setembro, frente ao período anterior, alcançando a marca de 8,7%. Segundo os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27), há 9,5 milhões de pessoas desocupadas no país, menor nível desde 2015.
O resultado mostrou uma taxa recorde referente à população ocupada, que ficou em 99,3 milhões de pessoas, cifra 1% maior quando comparada com o trimestre anterior. Destes, 36,3 milhões estão empregadas no setor privado com a carteira de trabalho assinada, enquanto 12,2 milhões pertencem ao setor público.
A taxa de informalidade, por sua vez, manteve estabilidade, correspondendo a 39,4% da população ocupada ou 39,1 milhões de trabalhadores. O mesmo foi registrado no número de funcionários domésticos, que permaneceu em 5,9 milhões. Já em relação à população desalentada — que não procura emprego — o número ficou em 4,3 milhões.
“A taxa de desocupação segue a trajetória de queda que vem sendo observada nos últimos trimestres. A retração dessa taxa é influenciada pela manutenção do crescimento da população ocupada”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.
De acordo com o IBGE, o rendimento real habitual (R$ 2.737) cresceu 3,7% em relação ao trimestre anterior e 2,5% na comparação anual. Registraram alta os segmentos de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (10,7%, ou mais R$ 179), Indústria (3,4%, ou mais R$ 87), Comércio (4,4%, ou mais R$ 96) e Comunicação (3,8%, ou mais R$ 144).
Sobre o rendimento real do trabalhador, a coordenadora da pesquisa detalhou que “o crescimento do rendimento real está relacionado à redução da inflação, proporcionando ganhos reais. O rendimento nominal, que não desconta a inflação, já vinha crescendo em 2022, enquanto o real estava registrando queda. Na medida em que há uma retração da inflação, passa-se a ter registros de crescimento no rendimento real”, conclui.
Informações SBT News