Transporte coletivo de Curitiba perdeu quase 100 milhões de passageiros

Em 2020, o transporte coletivo de Curitiba perdeu quase 100 milhões de passageiros, em comparação ao ano de 2019. O motivo atribuído foi a pandemia do coronavírus, que causou mudanças nas rotinas, como a suspensão das aulas nas escolas, a necessidade de distanciamento social, a implantação do regime home office e de escalas em muitas empresas. Todos esses fatores provocaram uma queda expressiva no movimento.

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Ao todo, foram 107,4 milhões passageiros no transporte coletivo em 2020, 47% menos do que em 2019, quando foram 203,9 milhões. Nos números estão inclusos os passageiros pagantes e isentos, como idosos, pessoas com deficiência e estudantes.

O movimento diário de passageiros pagantes no transporte coletivo de Curitiba está, em média, 53% menor do que antes da pandemia. Na última semana, foram 350.038 passageiros nos dias úteis. Na primeira semana de março de 2020, a média era de 744.344 passageiros.

“Dez meses de pandemia tiveram um forte impacto no movimento do transporte coletivo. Essa queda chegou a ser de 80%, mas ainda estamos muito abaixo do período normal”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), que administra o sistema.

Além da redução da receita de passageiros, o sistema precisa operar com uma frota superior à demanda para obedecer os protocolos sanitários de enfrentamento da covid-19 e evitar aglomerações. A ocupação máxima prevista nos ônibus é de 70%. A frota está em 80% (mil ônibus) e 100% nas linhas de maior demanda, que atendem mais de 60% do movimento.

Regime emergencial do transporte coletivo

No ano passado, a Prefeitura de Curitiba, com o apoio da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), aprovou o regime emergencial do transporte coletivo, devido ao cenário da pandemia. O mecanismo foi prorrogado até o dia 30 de junho deste ano, com o objetivo de manter a operação e a sustentabilidade do sistema, mesmo com queda de passageiros.

Trata-se de um mecanismo em que a Prefeitura reduz o repasse de recursos para as empresas e ao mesmo tempo assegura a manutenção de empregos de cobradores e motoristas. Com ele, os custos do sistema passaram de R$ 78 milhões para entre R$ 38 milhões e R$ 40 milhões por mês. Metade desse valor é bancado pela Prefeitura e a outra metade pela receita de passageiros.

Sem reajuste

Nesse período de regime emergencial, a Prefeitura decidiu suspender a negociação a respeito do reajuste da tarifa técnica do transporte coletivo – prevista todo ano para fim de fevereiro. Hoje a tarifa é de R$ 4,50 e de R$ 3,50 em algumas linhas, fora do horário de pico.

Colaboração Prefeitura de Curitiba

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