As áreas protegidas do Pará estão entre as mais pressionadas pelo desmatamento na Amazônia. Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostram que o cenário atinge, sobretudo, o Sudoeste e Sudeste do estado, tanto em terras indígenas quanto em unidades de conservação.
Entre as terras indígenas, a mais pressionada foi a Apyterewa, que já havia aparecido no topo do ranking do mesmo período em 2021. Isso significa que o território vem se mantendo como o mais pressionado da Amazônia. Altamira e São Félix do Xingu também englobam o cenário, registrando altos números de desmatamento.
“Essas regiões têm seus municípios constantemente entre os que mais derrubam a floresta amazônica, principalmente por causa da expansão da agropecuária, o que nosso estudo mostra estar pressionando também os territórios protegidos”, explica a pesquisadora do Imazon Bianca Santos.
Apesar do Pará compor sete dos 10 territórios protegidos sob maior pressão de desmatamento, a Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, no Acre, foi o local mais ameaçado no terceiro trimestre do ano. Além disso, o Parque Nacional (Parna) da Serra do Divisor também entrou na lista.
Áreas protegidas mais pressionadas
1ª – Resex Chico Mendes (AC)
2ª – Triunfo do Xingu (PA)
3ª – Apyterewa (PA)
4ª – Lago de Tucuruí (PA)
5ª – Tapajós (PA)
6ª – Cachoeira Seca do Iriri (PA)
7ª – Flona do Jamanxim (PA)
8ª – Parna da Serra do Divisor (AC)
9ª – Arquipélago do Marajó (PA)
10ª – Resex Jaci Paraná (RO)
“O Acre vem se sobressaindo a outros estados da Amazônia em relação ao desmatamento e esse avanço ocorre não apenas em imóveis privados, mas também em áreas protegidas. A causa pode estar na concretização de obras de infraestrutura, como a construção de estradas, que facilitam o acesso às áreas de floresta”, explica Bianca.
Informações SBT News