A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta sexta-feira (24), a suspensão definitiva da linha de crédito consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil. O consignado já estava suspenso desde o dia 12 de janeiro para revisão.
Segundo a Caixa, “os estudos técnicos sobre o Consignado Auxílio foram concluídos e o banco decidiu retirar o produto de seu portfólio”. A interrupção não altera os contratos já realizados.
“O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)”, esclareceu a Caixa, em nota.
A decisão entra em conformidade com medidas anunciadas no início deste mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar restringir o endividamento das famílias. A principal mudança foi a redução do limite de 40% para 5% sobre a quantia mensal que pode ser descontada do benefício para quitar as prestações do empréstimo.
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A Caixa era o principal operador do empréstimo. Pelo menos, outras 11 instituições financeiras continuam autorizadas, pelo governo anterior, a realizar novas contratações. Veja a lista:
- Agibank;
- Banco Crefisa;
- Banco Daycoval;
- Banco Pan;
- Banco Safra;
- Capital Consig Sociedade de Crédito Direto;
- Facta Financeira S/A Crédito, Financiamento e Investimento;
- Pintos S/A Créditos;
- QI Sociedade de Crédito Direto;
- Valor Sociedade de Crédito Direto;
- Zema Crédito, Financiamento e Investimento.
O empréstimo pode ser realizado em até seis parcelas fixas, que devem ser pagas sem intervalo. A taxa máxima de juros permitida é de 2,5% ao mês. No governo atual, o benefício voltará a ser chamado de Bolsa Família.