SÃO PAULO (Reuters) – Os financiamentos aos produtores rurais e cooperativas do Brasil, dentro do Plano Safra 2020/21, somaram 201,43 bilhões de reais entre julho de 2020 e abril deste ano, uma alta de 12% ante o mesmo período do ciclo anterior, informou o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira.
“Decorridos dez meses da safra 2020/2021, o valor das contratações de crédito rural continua com desempenho crescente, indicativo de que todo o orçamento programado será executado”, afirmou o diretor de Crédito e Informação do ministério, Wilson Vaz de Araújo.
A declaração foi feita em momento em que o Ministério da Economia determinou a suspensão imediata, por instituições financeiras que operam as linhas equalizadas pelo Tesouro Nacional, de novas contratações de financiamentos subvencionados.
A suspensão, que atinge principalmente pequenos agricultores do Pronaf, foi determinada após o Congresso Nacional ter aprovado a Lei Orçamentária Anual (LOA) com cancelamentos de recursos.
Até abril, o destaque nos financiamentos da safra foi a demanda por recursos para investimento, com alta de 46% nas liberações, atingindo 59,56 bilhões, disse o ministério.
O custeio teve um crescimento de 19% e representou 102,46 bilhões.
Pela primeira vez nesta safra, a comercialização aumentou o montante contratado (18,35 bilhões de reais), e a industrialização atingiu R$ 10,22 bilhões, com crescimento equivalente a 4%.
Do total das operações contratadas no período, as fontes controladas correspondem a 60%. No caso do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), essas fontes respondem por quase 100% do valor contratado.
(Por Roberto Samora)