“Vão doar cesta básica pra quem não tem fogão”: gaúchos temem queda nas doações

É grande a mobilização para arrecadar doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul e milhões de toneladas de produtos já foram destinados para os gaúchos neste momento de calamidade pública.

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Foto: Lauro Alves/Secom

Mas quem está vivenciando o dia a dia da tragédia no RS teme que a corrente de solidariedade que mobilizou o Brasil perca a força a partir do momento em que as águas começarem a baixar.

A grande preocupação é que milhares de pessoas perderam absolutamente tudo: roupas, eletrodomésticos, carros e casas inteiras. O tempo para reconstruir o estrago causado pelas enchentes no RS ainda não pode ser calculado porque muitas cidades ainda estão completamente alagadas, mas certamente esse período não será curto.

O medo de alguns gaúchos é que as doações para o Rio Grande do Sul comecem a cair nas próximas semanas, mesmo que ainda sejam extremamente necessárias para ajudar as vítimas das inundações a se reerguerem. O receio está exposto em vídeos divulgados nas redes sociais, assista:

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“Depois que essa água toda baixar, o Brasil vai esquecer do Rio Grande do Sul, ninguém vai mais ajudar”, diz o autor do vídeo, em meio à catástrofe climática. Para o autor do áudio, não há uma compreensão da dimensão das enchentes no Rio Grande do Sul.

“As pessoas não têm mais casa, não têm mais vida. As pessoas querem doar cesta básica para quem não tem fogão”, desabafa.

Dicas para fazer doações ao RS

Toda doação é bem-vinda, mas é preciso ter noção do que terá utilidade para as vítimas das enchentes no RS e o que é apenas lixo.

São vários relatos de voluntários no Rio Grande do Sul a respeito de doação de sapatos de salto alto, fantasias de carnaval e outros itens supérfluos, que não são úteis para as vítimas.

É importante reforçar que os produtos doados para as vítimas das chuvas intensas no sul precisam estar em boas condições de uso, sejam eles roupas, calçados, colchões e cobertores e até mesmo alimentos e produtos de higiene.