Por DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS – (DINO – 13 fev, 2023) – Definir e reconhecer a tendência e o panorama das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs/CCNTs) é preciso para melhorar o enfrentamento dessas condições. Os fatores de risco para o desenvolvimento e agravamento das CCNTs, como sedentarismo, tabagismo e consumo de alimentos ultraprocessados, estão na mira dos especialistas. Contudo, novos desafios têm surgido, como é o caso do cigarro eletrônico, já experimentado por 16,8% dos adolescentes entre 13 e 17 anos.
Diferentes setores precisam se unir na identificação de prioridades e implementação das melhores estratégias para reverter a tendências preocupantes, como o contínuo aumento da obesidade no Brasil, com os maiores índices de obesidade no mundo e que já atinge a casa de uma em cada cinco pessoas (22,4%) e mais da metade da população (57,2%) está acima do peso.
A Dra. Deborah Malta, professora associada e pesquisadora da Escola de Enfermagem da UFMG, ressalta que a pandemia afetou diretamente a mudança nos comportamentos da população, atingindo o combate às CCNTs. Uma das principais alterações foi a diminuição na prática de atividade física de 30,4%, antes da pandemia, para 12,6% durante a pandemia.
Essas alterações se mostram cada vez mais preocupantes quando são analisadas as taxas de mortalidade prematura por DCNTs no Estado de São Paulo. De acordo com o Dr. Marco de Moraes, Diretor Técnico de Saúde na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em 2015 a taxa era de 298,8 óbitos/100 mil habitantes, chegou a 273,6 em 2020 e a meta é atingir 220,7 em 2030. Porém, a previsão é de se alcançar a marca 225,9 em 2030, uma redução que não atinge a meta esperada.
Assim, os desafios no enfrentamento e combate às CCNTs no Brasil e no mundo suscitam ainda mais a busca de estratégias e soluções a curto, médio e longo prazo para fomentar cada vez mais iniciativas de diferentes partes interessadas, sejam elas públicas ou privadas.