O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou nesta quarta-feira (15) a abertura de uma investigação para apurar os gastos sigilosos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de outubro a dezembro de 2022. Serão apurados os gastos no cartão corporativo do ex-presidente quando ele ainda era o chefe do poder executivo. A decisão foi unânime.
Aumento de gastos
O pedido foi apresentado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, a partir de um balanço feito pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO), que apontou aumento expressivo de gastos do cartão de pagamento do Governo Federal (CPGF).
No relatório, o parlamentar indica aumento de 108% nos gastos dos cartões no período indicado. O cálculo foi feito com dados do Portal da Transparência.
Despesas tiveram aumento de mais de nove mil reais
Em exame da Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação do TCU constatou gastos, em sigilo, de R$ 22.751.636,53 até 8 de novembro de 2022. De agosto a outubro, as despesas acumularam R$ 9.188.642,2. O que corresponderia uma média mensal de gastos de R$ 3.062.880,73, aumento de 108% em relação à média mensal de gastos de 2021, que foi de R$ 1.574.509,64, conforme indica o relatório da Comissão da Câmara.
Fiscalização contínua
A decisão também autorizou a realização de uma fiscalização contínua dos gastos do cartão corporativo da Presidência da República “na modalidade acompanhamento” na Secretaria-Geral da Presidência da República, no Gabinete Pessoal do presidente e no Gabinete de Segurança Institucional, contemplando a atuação do Banco do Brasil “como operador das despesas”.
O documento foi assinado pelo presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas, e o pelo relator do processo, ministro Antonio Anastasia.
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Colaboração SBT NEWS