A jovem que cheirou pimenta e sofreu danos irreversíveis no cérebro recebeu alta nesta segunda-feira (31). Thais Medeiros, de 24 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória depois em fevereiro desse ano na cidade de Anápolis, em Goiás.
A moça teve uma reação alérgica grave ao cheirar um vidro de pimenta em conserva e, por causa da parada, teve uma lesão no cérebro que é irreversível.
“Eu tive muito medo de trazer ela para casa, mas estava na hora”, diz a mãe, Adriana Silva Medeiros, em entrevista ao Estadão. “Minha filha saiu de um jeito e voltou assim, como um neném”, lamenta.
Após o incidente com a jovem, Adriana precisou deixar o emprego, assim como o marido, para cuidar de Thais e das duas netas, de 7 e 8 anos, filhas de Thais.
Segundo o médico geriatra Fernando Henrique de Paula, do Centro de Reabilitação e Readaptação Henrique Santillo (Crer), onde Thais estava internada desde o dia 9 de abril, o quadro dela é um pouco melhor. Segundo o médico, ela chegou à unidade em uma condição grave e passou por diversas complicações, o que tornou a reabilitação inviável.
O que aconteceu com a moça que cheirou pimenta?
Durante o tratamento, Thais sofreu uma infecção no fim de junho e outra causada por fungos no local onde passou por uma cirurgia para remoção de abcessos.
Segundo a mãe da moça que cheirou pimenta, ela ainda precisa fazer tratamento para uma infecção óssea durante os próximos seis meses.
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Thais está acordada, mas sem respostas neurológicas. Adriana diz que ela reage quando vê as filhas e demonstra prestar atenção quando alguém entra no quarto onde ela foi acomodada.
Uma vez por semana, uma equipe do Crer vai atender Thais em casa e, a cada 15 dias, ela terá consultas ambulatoriais no centro de reabilitação.