O Ministério da Saúde recomenda o reforço vacinação contra a poliomielite no Brasil, conhecida como paralisia infantil, em decorrência da confirmação de um caso da doença em Loreto, no Peru. A região faz fronteira com a cidade de Tabatinga, na Amazônia brasileira, e é um dos locais com maior risco de infecção pela baixa imunização.
O caso recente no Peru é de uma criança indígena de 1 ano e 4 meses. Ela não estava vacinada e teve como sequela a paralisia das pernas.
O Brasil não registra caso da doença desde 1989. A recomendação do reforço da vacinação é do Ministério da Saúde. Desde 2019, a vacinação de crianças menores de 5 anos de idade vem caindo. Nenhum estado atingiu o índice superior a 95% de imunizados.
No entanto, em 2022, a Comissão Regional de Certificação para a erradicação da poliomielite na região das Américas classificou o Brasil como região de “muito risco” para novos casos da doença.
A Polimelite
A pessoa infectada pode desenvolver dores nas articulações, pé torto, crescimento assimétrico das pernas, osteoporose, paralisia, dificuldade na fala e atrofia muscular.
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“Poliomielite é uma doença infectocontagiosa transmitida pelo polivírus que vive no intestino. Embora ocorra com maior frequência em criança menores de 4 anos de idade, adultos também podem ser contaminados”,
alertou a coordenadora de Saúde Básica do município de Tabatiga, Nara Peres.
Ainda não existe um tratamento específico para a paralisia infantil. Todos os contaminados devem ser hospitalizados para tratar os sintomas. Mas todo cuidado é pouco, porque os efeitos da doença podem ser graves e estão relacionados com a infecção da medula e do cérebro pelo polivírus.