Os jovens sempre foram os grandes promovedores das transformações ao longo do tempo. Desde a geração baby boomer -, formada por nascidos na década de 1950 e 1960, até a geração Z, que incorpora quem nasceu após os anos 2000, o ambiente de trabalho é influenciado por novas formas de pensar, se relacionar e agir.
Mas como conciliar em um mesmo tempo e espaço pessoas de diferentes idades, experiências e sonhos? Também é possível questionar como preservar a história e a cultura e como alimentar relações saudáveis e diversas apesar das diferentes idades. Afinal, é possível equilibrar os conflitos entre gerações no ambiente de trabalho?
Para o filósofo Fábio Viviurka Correia, que atua há mais de 15 anos na área de educação e pesquisa geracional no mercado de trabalho e é CEO da slash education by PUCPR, isso é possível e também necessário. Ele destaca as transformações que as relações de trabalho enfrentam nos últimos anos e que as empresas devem olhar para os colaboradores como fundamentais para o sucesso corporativo.
“Antes era muito comum os colaboradores aceitarem as regras estabelecidas pelas empresas, e, inclusive, vestiam a camisa e lutavam por ela. Atualmente, especialmente com as transformações da era digital, as coisas se inverteram”, afirma.
Empresas devem incorporar diferenças
Correia explica que as empresas que mais investem na diversidade são aquelas que mais conseguem resolver problemas. Para o especialista, as corporações devem olhar para o suposto conflito de gerações como uma oportunidade e não como um problema. “É preciso conviver com o diferente e as corporações devem proporcionar isso”, orienta. Para isso, é preciso criar ambientes de trabalho nos quais estejam diferentes áreas do conhecimento, além de diferentes formações acadêmicas, idades e experiências profissionais. “Os conflitos devem ser resolvidos a partir da abertura para o diferente. A aceitação da diversidade é a base para afastar as divergências”, conclui.
O filósofo dará outras dicas de como afastar conflitos de gerações no ambiente de trabalho e como as chamadas soft skills – termo em inglês usado para definir habilidades comportamentais – são fundamentais nesse processo durante o Café com o RH, evento realizado pela Câmara Brasil Alemanha (AHK Paraná).