Governador do Paraná convoca prefeitos para reunião de emergência

Na noite de ontem (25), o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, convocou duas reuniões virtuais de emergência para discutir o cenário da pandemia da covid-19 e para abordar novas medidas restritivas, que serão apresentadas para a sociedade nesta sexta-feira (26). Uma foi com os prefeitos dos cinco maiores municípios do Estado e a outra com todos os presidentes das associações municipais, que congregam as 399 cidades do Paraná.

Foto: AEN

“É o pior momento da pandemia neste um ano de enfrentamento da doença. A ideia é apresentar para a sociedade um pacote de medidas mais duro nesta sexta-feira para conter o contágio e evitar o colapso na rede de atendimento. Queremos construir um esforço conjunto para frear a curva crescente no Paraná”, afirmou Ratinho Junior.

O governador também destacou que as curvas de infectados e de hospitalizações cresceram muito nos últimos dias. Ele disse que as medidas ajudarão a controlar a contaminação e também lembrou que o Estado pode estar sendo impactado pela circulação de novas cepas.

“Serão dias turbulentos, mas as medidas servirão para salvar vidas. Não podemos ter um colapso na saúde. Vamos vencer mais esse momento”, afirmou Ratinho Junior. “Além disso, há muitos jovens sendo internados, o que antes não ocorria, e houve um aumento de 900% na fila de pessoas precisando de leitos hospitalares. É um cenário gravíssimo”.

As medidas foram discutidas com os prefeitos. O objetivo dos dois encontros foi alinhas as decisões e discutir as necessidades regionais que precisam constar no decreto estadual.

“Precisamos do apoio de todos os prefeitos. A vacina causou uma falsa ilusão de proteção. Ela não chegou na quantidade suficiente, mas trouxe esperança, o que fez com que as aglomerações voltassem e as pessoas relaxassem nas medidas básicas de proteção”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Cenário

Nos dois encontros, o diretor de Gestão em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Vinícius Filipak, apresentou um panorama da pandemia. Segundo ele, o Paraná se encontra no pior momento desde o começo do enfrentamento, com índices de piora em todos os indicadores (ocupação de leitos, espera na fila para internação, novos casos e óbitos).

Ele destacou que o Paraná alcançou a marca de 11,3 mil mortos e quase 630 mil infectados, e que a rede de atendimento da covid-19 nos hospitais conta com 1.271 leitos de UTI para adultos e 1.790 leitos de enfermaria, com ocupação acima de 94% nas situações que requerem intubação. Esse índice está acima da previsão pessimista de evolução.

Filipak também ressaltou que 92% dos pedidos de internação foram atendidos em até 24 horas no Paraná desde o começo da pandemia. Nas últimas semanas, no entanto, quase 20% aguardaram mais de um dia uma vaga na Central de Leitos, o que demonstra aumento da ocupação e do tempo de internamento.  

“Se hoje temos esse número de contaminados, imagina nas próximas semanas. É hora de fazer alguma coisa porque isso terá impacto direto nas internações da semana que vem e da outra. As medidas serão destinadas a reduzir o risco real de contaminação, sob pena de falência integral do sistema de atendimento”, destacou.

Ele também pediu aos prefeitos que ampliem a testagem na população nos próximos dias e destacou que houve uma diminuição muito brusca na estratégia de mapeamento. “Atualmente a média é de 40% de positivos nos testes do Paraná. Isso é inadmissível porque mostra que estamos testando apenas pacientes sintomáticos e perdendo oportunidade de detectar os demais, que estão circulando. Uma testagem ampla deveria significar 8% a 10% de positivos”, disse.

Reuniões

Participaram da primeira reunião os prefeitos Rafael Greca, de Curitiba; Elizabeth Schmidt, de Ponta Grossa; Ulisses Maia, de Maringá; Marcelo Belinati, de Londrina e representantes da prefeitura Cascavel. Da segunda, participaram os presidentes das 19 associações que congregam os 399 municípios, além da Associação dos Municípios do Paraná (AMP).

Pelo Governo do Estado, participaram o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o secretário de Comunicação e Cultura, João Debiasi; a diretora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr; e a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

O vice-governador Darci Piana também conversou com os líderes das entidades empresariais representadas no G7 e líderes religiosos.

Colaboração AEN

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