A secretária de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, chamou a atenção nesta terça-feira (20) para a taxa de ocupação de leitos “bastante elevada” em Curitiba, demanda que pode ser ainda mais pressionada pelos casos de dengue.
A declaração da chefe da pasta aconteceu em discurso na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), antes da prestação de contas da Secretaria de Saúde em 2023 aos vereadores. A discussão sobre o aumento nos casos de dengue em Curitiba, no entanto, tomou conta dos debates.
Conforme a chefe local do Sistema Único de Saúde (SUS), no ano passado aconteceram 115,2 mil internações, a maior parte por causas externas, como acidentes de trânsito e episódios de violência.
“Temos que estar muito atentos para que a dengue não venha a aumentar estas causas de internamentos”, alertou a secretária, destacando os números da dengue em Curitiba neste início de ano.
Casos de dengue ‘explodem’ em Curitiba
Segundo o último boletim da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), entre 1º de janeiro e 15 de fevereiro deste ano, Curitiba teve 349 casos de dengue – 311 importados e 38 autóctones (transmissão local).
Ou seja, a cidade já alcançou mais da metade dos registros de 2023, quando foram contabilizados 652 casos importados e 35 autóctones.
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“Não há espaço para aumento de pessoas com internamento, estamos atendendo na medida da necessidade, mas não podemos viver períodos de forte demanda. E, no caso, a dengue é uma ameaça importante porque o sistema vai sofrer com isto. E, quando acontece esta pressão, a urgência acaba ocupando boa parte dos leitos”, explicou.
Battistella também destaca que o possível aumento na taxa de ocupação de leitos causada pela dengue pode impactar também nos atendimentos eletivos – aqueles não considerados urgentes ou de emergência e que normalmente são agendados.