A maior parte dos focos de dengue em Curitiba estão nas casas das famílias, conforme foi revelado pela secretária municipal de Saúde, Beatriz Battistella, durante prestação de contas na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) nesta terça-feira (20).
De acordo com a gestora do Sistema Único de Saúde (SUS), “75% dos focos de dengue em nossa cidade estão nos domicílios”. “Não adianta fazer mutirão e acumular resíduo de novo”, alerta.
Segundo orientado por Battistella, pelo menos uma vez por semana é preciso fazer a inspeção do imóvel para não ter criadouros.
“Não pode deixar espaço para o mosquito proliferar, […] e não há porque esperar que alguém da nossa equipe, da Prefeitura, vá lá mandar virar o vaso, virar o potinho, fechar aquela cisterna, aquele tambor, aquele tanque, aquela bombona de água”, destaca.
A secretária também reforça que os pontos onde há maior risco de proliferação do mosquito, mas que cabe a cada família fazer sua parte. “Muita gente pensa: ‘ah, mas tem o ferro-velho, tem o posto de gasolina, tem o borracheiro’. Estes são pontos de risco, nós monitoramos todos eles já há muito tempo, mas o principal foco do mosquito está na residência”, assegura.
Focos de dengue não estão só no quintal!
Battistella advertiu que outro erro é pensar que os focos estão apenas do lado de fora das residências.
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“Dentro das casas também, não é só no quintal. Precisa olhar ralo, precisa olhar aquela bandeja da geladeira onde acaba pingando água, drenando água da geladeira, aquela água precisa ser substituída”, destaca, chamando a atenção para o longo período de resistência do mosquito.
“O pote de água do cachorro, do gato, precisa ser lavado com esponja porque o ovo do mosquito da dengue pode durar até um ano grudado nessas superfícies”, pontua.