Sintomas graves de dengue: doença impede hidratação do corpo

Ainda não existe um tratamento específico antiviral para a dengue. Então, o melhor a se fazer é repouso, tomar muita água e tomar analgésicos para aliviar as dores. Mas quando o paciente evolui para sintomas graves de dengue, um deles pode impedir a recuperação plena do paciente: a hidratação do corpo.

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Foto: Divulgação

Isso acontece porque as dores abdominais e o vômito, muitas vezes, impedem que o paciente tome água nas quantidades adequadas. Por isso, pode ser necessário correr até hospitais e Unidades de Pronto Atendimento para buscar a hidratação via soro.

A médica infectologista do Hospital Sugisawa, Flávia Cunha Gomide Capraro, lembra que, normalmente, os sintomas são leves a moderados.

“O primeiro deles, que surge abruptamente, costuma ser a febre, depois dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores no corpo, dor abdominal, fadiga, fraqueza, manchas, erupções e coceiras na pele. Então é preciso buscar orientação médica. Também é necessário parar e fazer muito repouso e hidratação”.

Caso o paciente desenvolva sintomas graves de dengue, é fundamental voltar ao médico para definir os próximos passos do tratamento.

“Os sintomas graves da dengue são vômitos (que impedem que a pessoa se hidrate em casa), dor abdominal, confusão mental, sangramento gengival, pontinhos vermelhos na pele, entre outros. A desidratação é o problema mais grave para quem está com dengue, pois prejudica a recuperação”, reforça a especialista.

“Mesmo que o paciente não tenha diarreia, o vômito gera desidratação moderada a severa. Nestes casos, é preciso que receba soro e acompanhamento médico no hospital”, ressalta.

Casos confirmados de dengue se multiplicam

No boletim mais recente divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta terça-feira (27), o Paraná já ultrapassou os 58 mil casos confirmados de dengue desde o início do período epidemiológico, em julho do ano passado.

O estado totaliza 58.567 diagnósticos confirmados, o maior número de casos em um boletim do atual período.

Os dados acumulados desde 30 de julho totalizam 155.500 notificações de dengue, sendo 25.393 na última semana. Há ainda, 37.436 casos em investigação e os descartados somam 53.519.

Ainda conforme o boletim, o Paraná soma 23 mortes por dengue até agora.

Prevenção da dengue

A infectologista ressalta que é preciso evitar toda e qualquer água parada. “A fêmea do mosquito Aedes aegypti prolifera seus ovos na água parada. E é pela picada do mosquito que o ser humano é infectado. O uso de repelente também é altamente recomendado”.

A vacina está disponível na rede particular, porém com a alta procura, já está em falta em muitos locais. E na rede pública, está sendo incorporada nos sistemas de saúde.

O Paraná recebeu na última semana o primeiro lote de vacinas com 35.025 doses do imunizante que foram distribuídas aos municípios mais afetados para a aplicação na faixa-etária recomendada pelo Ministério da Saúde, que são inicialmente crianças de 10 e 11 anos de idade.

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