A Polícia Civil concluiu o inquérito do médico ginecologista preso suspeito de abusar sexualmente de suas pacientes. O Dr. Hilton Cardim está detido preventivamente desde 11 de março.
O ginecologista atuava em Maringá, no norte de Paraná, e as investigações começaram em agosto de 2023 após as vítimas irem até a delegacia para denunciar a situação.
Segundo a delegada Paloma Gonçalves, todas as vítimas relataram que ouviam uma respiração mais ofegante do médico. Existem denúncias de mulheres que foram abusadas desde 2011 até 2023.
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Ao todo, 43 mulheres procuraram a delegacia e formalizaram a denúncia contra o ginecologista Hilton Cardim, de 65 anos. Ele é formado pela Universidade Federal de São Paulo (USP) e conta com mestrado e doutorado — além de especialização em reprodução humana.
O médico, considerado renomado, era procurado por mulheres que queriam engravidar em todo o Paraná e o ginecologista atendia centenas de pacientes todos os meses. Ele chegou a publicar um livro chamado “Vencendo a dificuldade de engravidar”.
A suspeita é de que o fato de Hilton Cardim ter um nome forte perante a sociedade médica regional desencorajou as vítimas dos abusos de denunciar os crimes cometidos dentro do consultório do doutor.
Fim do inquérito que investiga o Dr. Hilton Cardim
A finalização do inquérito policial que seguia na Delegacia da Mulher marca o fim da coleta de provas contra o médico. No entanto, a perícia em dispositivos eletrônicos apreendidos ainda não foi concluída.
Os relatos das 43 vítimas e os documentos coletados na investigação da Polícia Civil seguem para o Ministério Público, que vai analisar se aceita ou não a denúncia contra o ginecologista.
Médico usava do mesmo método para abusar as pacientes
Com base nas denúncias das pacientes, o médico usava o mesmo meio para abusar sexualmente das vítimas.
“Ele falou que ia medir minha respiração, me colocou numa sala distante da recepção e chegou por trás e ficou se tocando e relando nas minhas costas e nas minhas partes”,
disse uma das vítimas
Além disso, das 43 denúncias relatadas, ao menos uma era de uma vítima que trabalhou com o ginecologista.