Apesar de redução de 11% nos afogamentos, Paraná registra aumento nas mortes

O Corpo de Bombeiros divulgou nesta quarta-feira, (20) o balanço de atividades e ocorrências atendidas nos primeiros 30 dias de verão no Litoral – 19 de dezembro a 18 de janeiro. O comparativo, feito no mesmo período da temporada anterior, mostra que os afogamentos tiveram queda de 11%, de 569 foram para 506. Entretanto, houve o dobro de mortes, na temporada passada foram 03, nesta foram 06. Os dados mostram que as mortes por afogamento ocorreram em áreas não protegidas por guarda-vidas. 

Foto: AEN

Segundo as estatísticas dos bombeiros, dos 506 afogamentos registrados durante este verão, 465 terminaram com as vítimas ilesas, que é quando não há dificuldade para sair da água. Já nos outros 47 casos: 32 foram de afogamentos leves, seis moderados, três foram casos mais graves e seis resultaram em mortes.

“As pessoas acabam entrando em áreas que estão indicadas inclusive com placas de perigo e acabam morrendo”, disse o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Samuel Prestes. “Indicamos que procurem sempre as áreas entre as bandeiras vermelha com amarelo, ou de preferência em frente aos Postos de Guarda-Vidas para sua diversão no mar, pois são áreas que foram estudadas, onde o fundo do mar e as correntes são mais suaves e ainda têm a proteção do guarda-vidas”, acrescentou.

Ele também reforçou que o papel do guarda-vidas é de orientar e prevenir o afogamento, mas as pessoas devem colaborar com o trabalho evitando locais afastados, que possuam placas ou bandeiras pretas. “Estamos na operação Verão Consciente até por conta da pandemia do coronavírus, mas as pessoas também devem ser conscientes em procurar locais seguros para a sua diversão, e o melhor lugar para isso é na área indicada pelo guarda-vidas. Ele está na areia para ajudar, para que a pessoa tenha um momento de lazer seguro”, afirmou. 

O 8º Grupamento de Bombeiros é responsável pela coordenação das atividades no Litoral durante o Verão Consciente 2020/2021. Com o reforço de profissionais voluntários vindos do interior do Estado, todas as ações preventivas foram ampliadas e, ao longo da faixa litorânea, foram instalados 91 Postos Guarda-Vidas.

Outros serviços na praia

Outros serviços que acontecem durante a temporada na praia caíram no período analisado. Foi o caso das orientações, com queda de 21%; advertências, com diminuição de 25%; distribuição de pulseirinhas, com queda de 76%. Já os acidentes de trânsito registraram aumento de 13%, as equipes atenderam 93 acidentes, enquanto no ano passado foram 84.

A prevenção aos afogamentos nas praias também passou por mudanças. Nos primeiros 30 dias deste verão, houve 16.073 advertências e 33.989 orientações a banhistas, números inferiores aos do mesmo período do ano passado, quando foram 21.347 advertências e 43.307 orientações, uma queda de 25% e de 21%, respectivamente.

Acompanhando a redução desses quesitos, a entrega de pulseirinhas de identificação neste ano foi de 2.991 unidades, o que resulta em uma diferença de 9.306 em comparação com os mesmos 30 dias da temporada passada, quando foram entregues 12.297 pulseiras.

Os incidentes com águas-vivas, que geralmente são recorrentes na praia, também tiveram redução. No período analisado, a queda foi de 79%: de 3.430 reduziu para 708 casos. Segundo o Corpo de Bombeiros, o menor número de pessoas na praia e as mudanças naturais do mar influenciaram na redução desses casos.

Ambiente urbano

O trabalho das equipes no ambiente urbano também foi movimentado. Os acidentes de trânsito tiveram um aumento de 13%. A maioria dos casos foram de colisões (55), queda de veículo (22) e atropelamentos (9). “Assim como o Verão Consciente é uma ação voltada à prevenção do coronavírus, entendemos que as pessoas também devem se conscientizar sobre os cuidados com o trânsito e com outras situações que podem ocasionar feridos e óbitos”, afirmou o coronel Prestes.

Os atendimentos pré-hospitalares no Litoral mantiveram-se praticamente estáveis, com uma diferença de -6% (de 222 ocorrências caiu para 208) no comparativo de 30 dias deste e do último verão. As buscas e salvamentos (fora afogamentos) tiveram um aumento de 21%, de 81 foi para 98. .

Colaboração AEN

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