A Renault do Brasil entrou em layoff nesta segunda-feira (3) e cerca de 1.000 trabalhadores da fábrica de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, estão com os contratos suspensos por tempo indeterminado.
O layoff consiste na suspensão temporária ou redução na jornada das atividades dos funcionários. De acordo com a Renault, a medida foi adotada para adequar a produção de veículos na unidade (veja a nota completa no fim do texto).
Segundo a Renault, o layoff em São José dos Pinhais será aplicada de forma escalonada e terá duração de dois a três meses.
A partir desta segunda, o layoff começa na fábrica de veículos de passeio. No dia 10, a medida será aplicada também na fábrica de motores e injeção de alumínio.
Renault anuncia layoff em São José dos Pinhais
A suspensão temporária das atividades entra em vigor mesmo depois do programa de incentivo à indústria de veículos, lançada pelo governo federal no mês passado.
A medida oferece descontos para os motoristas que pretendem comprar veículos de até R$ 120 mil.
A Renault não revelou qual é o status atual da produção da fábrica e justificou o layoff para um “ajuste à demanda de mercado”.
A multinacional também informou que os trabalhadores receberão uma compensação salaria de até 85% do salário e que os funcionários serão inscritos em cursos de qualificação do Senai.
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Até a publicação desta matéria, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (Simec) não tinha se manifestado sobre o layoff da Renault.
Veja nota da Renault sobre layoff em São José dos Pinhais:
A Renault do Brasil informa a utilização de ferramentas de flexibilidade previstas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para ajustar a produção à demanda de mercado:
Aplicação de lay-off, para cerca de 1.000 colaboradores, com duração de dois a três meses:
A partir de 3 de julho: fábrica de veículos de passeio.
A partir de 10 de julho: fábricas de motores e injeção de alumínio.
Durante o período de lay-off, a Renault fará o pagamento de uma compensação adicional até o limite de 85% do salário líquido, além de manter todos os benefícios atuais. Os colaboradores participantes do lay-off realizarão um curso de qualificação com o Senai, que dá direito à bolsa qualificação mensal prevista em lei e paga pelo governo.