Alimentação saudável se aprende na escola

É possível unir os cuidados ao meio ambiente com o estímulo à alimentação saudável? As escolas comprometidas com as questões de sustentabilidade e com o incentivo a refeições mais nutritivas demonstram que sim. Elas trabalham as temáticas no dia a dia e preparam os alunos para levarem o conhecimento adquirido aos familiares e amigos.

De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), do IBGE, apenas 29,7% dos estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental consumiram legumes e/ou verduras igual ou superior a cinco dias nos sete dias anteriores ao estudo, levando em conta todas as capitais. Ao considerarmos frutas frescas ou salada de frutas, o percentual é ainda mais baixo, só 28,4%.

O Elite Rede de Ensino, por exemplo, realiza o Projeto “Hábitos Saudáveis” que traz ações dedicadas ao cuidado com a alimentação e ao cultivo do próprio alimento, com a montagem de uma hortinha na escola.

“Ao ensinarmos as crianças sobre a gastronomia sustentável, elas se capacitam na tomada de decisões conscientes quanto a sua alimentação e promovem um impacto positivo no meio ambiente. Além de aprenderem a fazer escolhas responsáveis desde cedo”, salienta Mariana Lacombe, supervisora da Educação Infantil e do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Elite.

Os estudantes ainda tomam conhecimento da origem das refeições, como são produzidas e quais são as melhores escolhas para uma dieta equilibrada e amigável ao ecossistema.

“Em nossas unidades também valorizamos muito o apreço cultural. As crianças experimentam os alimentos da região. Com isso, incentivam a economia local”, afirma Mariana.

Mão na massa (e na terra) para incentivar alimentação saudável

Na hortinha, os pequenos podem plantar, cuidar e colher vegetais, ervas e frutas. Tais ações ajudam a conscientizá-los sobre a importância da agricultura sustentável e de ingerir comidas frescas.

O aproveitamento integral dos alimentos é outro ponto que vale destaque. Os jovens utilizam cascas, talos e folhas em receitas. Com esse conhecimento adquirido, fazem sucos, sopas, bolos e outras preparações com partes que normalmente seriam descartadas.

Ao realizarem as atividades práticas de culinária com receitas saudáveis e sustentáveis, os alunos são incentivados a usarem os ingredientes orgânicos e da época.

Aumentar repertório ajuda na alimentação saudável

Muitos adultos têm um cardápio limitado e, em várias oportunidades, nunca experimentaram determinados pratos pela falta de hábito e pela ausência da consciência ambiental. Acabam sendo prejudicados em diferentes aspectos.

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“Ao ensinarmos nossas crianças sobre a gastronomia sustentável, estamos ajudando-as a desenvolverem habilidades e conhecimentos que representarão uma diferença positiva em suas vidas, serão adultos conscientes e responsáveis, capazes de fazerem escolhas que beneficiem tanto a sua saúde, como o planeta em que vivemos”, pontua Mariana.

Na escola, os pequenos são incentivados a experimentarem, constantemente, novos sabores, ampliando seu repertório e se tornando mais abertos a um cardápio diversificado e saudável.