O Paraná vai ampliar o número de escolas cívico-militares e deve chegar a 400 colégios neste modelo a partir de 2024, de acordo com o governador Ratinho Junior. A declaração foi dada em entrevista à Rádio CBN nesta quinta-feira (13).
Nesta quarta-feira (12), o governo federal informou que vai acabar com o modelo gradativamente. No mesmo dia, o deputado Hussein Bakri (PSD), líder do governo na Assembleia Legislativa (Alep), informou que o Estado assumiria as 12 escolas administradas atualmente pelas Forças Armadas.
No Paraná, além dos 12 colégios sob responsabilidade das Forças Armadas, a rede estadual conta ainda com 194 escolas cívico-militares.
O modelo foi implantado por lei na rede estadual em 2020 e as unidades foram transformadas após a votação das comunidades, que referendaram o projeto.
Além da incorporação desses colégios que ficam em Colombo, Lapa, Apucarana, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Rolândia e Ponta Grossa, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) já planeja a ampliação do modelo, que pode chegar a cerca de 400 unidades a partir de 2024.
Paraná tem mais de 200 escolas cívico-militares
Atualmente, das 2.109 escolas estaduais do Paraná, 194 são cívico-militares via PM e 12 via Forças Armadas.
Segundo a Seed, 80% das escolas que passaram para essa modalidade aumentaram a nota na última avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
“Nós não discriminamos modelos de ensino. Não se pode colocar ideologia dentro do ensino. O Paraná é o estado que mais tem escola cívico-militar. Já anunciei que vamos aumentar para 400”, destaca Ratinho Junior.
Para o governador, a questão é “puramente democrática”. “Se o pai quiser colocar em uma convencional, tem essa possibilidade, se optar por uma integral, também existe, e se quiser no modelo cívico-militar tem também. É um modelo que valoriza cidadania e o respeito”, afirmou.
- Governo Lula decide acabar com escolas cívico-militares
- Bakri diz que Paraná vai assumir 12 escolas cívico-militares
“Tudo está avançando bem nesse modelo. Recentemente ajustamos algumas demandas referentes ao salário para ser mais atrativo para o policial aposentado”, complementou.
Ratinho Junior também citou que o Estado alcançou a maior nota do Brasil no Ideb e que um dos objetivos é fazer do modelo estadual o melhor da América do Sul.
“Não estamos discutindo ideologia, mas metodologia. Estamos aplicando tecnologia, ampliando o programa de merenda, incorporando novas estratégias educacionais, replicando aquilo que deu certo nos países mais avançados do mundo. Esse é o modelo que queremos”, complementou.