Falta de experiência agrava desemprego entre jovens

Por DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS

Foto: Pexels/ Nathan Cowley

(DINO – 26 out, 2022) –

Durante a pandemia do Covid-19, em um contexto atípico de relações sociais e laborais, a taxa de desemprego no país chegou a 14% da população (em março de 2021), de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). E, apesar de haver uma queda do desemprego pós-pandemia, o índice de pessoas sem ocupação no Brasil faz com que o país ocupe o 5º lugar com a maior taxa em um ranking de 40 países, segundo a agência de classificação de risco Austin Rating. 

Nesse contexto, quem mais tem sofrido pela falta de emprego atualmente são os jovens de 18 a 24 anos – é o que aponta uma pesquisa recente feita pelo IBGE. De acordo com o instituto, a taxa de desemprego no Brasil, segundo o levantamento, é de 8,9% – entre os jovens de 18 a 24 anos, porém, o índice é de 19,3%.

Para o responsável por Negócios Digitais e Startups no projeto Capacita MPE, iniciativa realizada pela Brasil Startups e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, com objetivo de ensinar estudantes do ensino médio e técnico, de escolas públicas a planejar e começar um pequeno negócio, Hugo Giallanza, estas taxas estão associadas à necessidade de mão de obra técnica e com experiência profissional dos jovens de 18 a 24 anos. “Com avanço da automação comercial, é natural um jovem ter poucas experiências no mundo do trabalho nesta faixa etária”, diz ele, pontuando, porém, que com a ampla concorrência no mercado de trabalho, caso ele não “evolua em seu desenvolvimento técnico” com celeridade, ele poderá “ser substituído por tecnologia”, tendo o acesso ao esperado primeiro emprego dificultado.

O profissional ressalta que, mais do que nunca, o setor produtivo tem buscado profissionais para resolver problemas. “Se o currículo do jovem não conseguir traduzir suas competências emocionais para a vaga, as empresas tendem a escolher profissionais mais experientes e/ou profissionais mais técnicos”, observou.

Ainda de acordo com Hugo, também presidente da Brasil Startups, quem contrata mão de obra sabe do custo de treinamento que inúmeras empresas têm pelo fato de não encontrarem profissionais técnicos e qualificados. “O processo decisório é bem pragmático e simples. Ao contratar um profissional técnico, a razão custo de formação e retorno é positiva. E quando um profissional não técnico é contratado, a razão é invertida, fazendo com que a empresa gaste mais”, salientou.

Startups na inserção de jovens no mercado de trabalho

Atualmente, os jovens estão optando por uma vida profissional e pessoal bem equilibrada, priorizando sua saúde e qualidade de vida. E as startups, para o executivo, acabam oferecendo aos profissionais mais flexibilidade, em um ambiente de trabalho descontraído e inovador. 

Hugo Giallanza destaca que as empresas inovadoras e as startups são um ótimo ambiente para a geração “millenium”. “Vejo que ambientes criativos tendem a se conectar mais com as novas gerações e que dentro destas empresas os jovens podem adquirir experiência para grandes oportunidades no mercado de trabalho”, observa.

Para o presidente da Brasil Startups, isso pode refletir até mesmo no setor de Recursos Humanos. “As taxas de crescimento das Startups demandam por um RH muito eficiente, em que a experiência profissional seja um dos diferenciais no processo seletivo, conferindo a velocidade das contrações em decorrência de um crescimento acelerado”, completou Hugo.

Por Estadão Conteúdo.

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