A guerra na Ucrânia completa um ano nesta sexta-feira (24), e o clima está cada dia mais intenso. Os bombardeios continuam no inverno e seguem na primavera, com combates no Leste e no Sul.
A Rússia sofreu algumas situações inesperadas diante de um exército ucraniano bem abastecido por armas vindas do ocidente, mas incapaz de um gerar um acordo diplomático ou o término dos ataques.
Negociações
As perspectivas de paz e negociação, na verdade, parecem cada vez mais remotas à medida que o combate se prolonga. Para a Rússia, resta somente a vitória e o reconhecimento das áreas ocupadas, inclusive a Crimeia, como seu território, para justificar a invasão que lhe custou economicamente e, sobretudo, politicamente diante do número de sanções e soldados perdidos. Para a Ucrânia, qualquer resolução que não inclua a devolução total do seu território, não interessa.
Diante da falta de diálogo e a escalada militar, o conflito que muitos especialistas acreditavam que terminaria em semanas tornou-se uma guerra de atrito cada vez mais perigosa. É a avaliação do ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington, Rubens Barbosa, que afirma que as condições impostas pelas partes envolvidas para uma resolução são impossíveis de atender e que estamos diante de um conflito que deve desembocar num armistício.