Um grupo de familiares e amigos ficaram ilhados em uma chácara de Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), desde a manhã deste domingo (29) até a tarde desta segunda-feira (30).
Ao todo, 50 moradores da Grande Curitiba ficaram presos por mais de 24h na chácara após o nível do Rio Capivari subir. Entre eles, estavam uma bebê de 10 meses e três crianças autistas.
De acordo com uma das vítimas ilhadas em Bocaiúva do Sul, Émile Straub, a água estava com três metros de profundidade e com alta correnteza: “Chegamos às 10h na chácara e quando tentamos ir embora, às 15h, não tinha como mais”, disse.
O grupo estava em um aniversário quando o nível do rio começou a subir. Segundo ela, todos os familiares e amigos entraram em contato com o Corpo de Bombeiros, porém, a equipe só foi ao local no dia seguinte.
“Entramos em contato com o Corpo de Bombeiros, só que teve tanta chuva que alagou a região e teve deslizamentos na cidade. Por conta disso, não deram prioridade para a gente. Falaram que a gente não estava em perigo”,
contou Émile.
Segundo ela, a comida acabou e a chuva não parava nesta segunda-feira. Todos que estavam na chácara começaram a ligar novamente para o Corpo de Bombeiros. Na sequência, uma viatura com dois bombeiros chegou ao local.
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Émile contou, ainda, que grande parte do grupo dormiu dentro do salão que estava sendo o aniversário. Já outras pessoas dormiram em cadeiras e alguns ficaram dentro do carro.
“Uma senhora que tem pressão alta que está passando mal. Estamos nervosos e apreensivos, além de que todo todo mundo perdeu dia de trabalho”,
finalizou.
As 50 pessoas aguardaram o retorno do Corpo de Bombeiros para saírem da chácara e conseguirem voltar para suas casas. Todos saíram do local na tarde desta segunda-feira.
Grupo fica ilhado em Bocaiúva do Sul
Ao Massa News, o Corpo de Bombeiros relatou a situação em Bocaiúva do Sul:
“Bocaiúva do Sul está inacessível. O CBMPR e CEDEC estão hoje atendendo na cidade, acessando familias para dar apoio e retirada as pessoas”,
diz.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, quando a pessoa perceber que está ilhada e que não vai conseguir sair do local, ela deve ligar ao 193 e esperar que os bombeiros cheguem e realizem o resgate. Também é importante que a pessoa não se coloque em risco.
“As pessoas que passam por situações como essa devem ficar muito atentas a altura dos rios […] a partir do momento em que ela viu que o nível está subindo, ela tem que sair imediatamente de casa e procurar abrigo”,
finaliza.