Veja riscos do monóxido de carbono, gás que matou jovens dentro de BMW

Com a colaboração de Elisa Rossato/Rede Massa

Desde a morte dos quatro jovens dentro de uma BMW 320I M em Balneário Camboriú, Santa Catarina, nesta segunda-feira (1º), aumentou a busca por informações a respeito da intoxicação por monóxido de carbono.

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Foto: Divulgação/PM

O monóxido de carbono é um gás invisível e sem cheiro, resultado da combustão que, se inalado, pode ser fatal. 

O mecânico especializado em BMW, Natan Rosa, tem duas hipóteses para a tragédia que matou os jovens em Balneário Camboriú. Como as informações preliminares apontam que o carro tinha escapamento modificado, a primeira ideia é de que o monóxido de carbono saiu pelo catalizador e o ar condicionado puxou o gás que entrou na cabine.

Já a segunda hipótese é que a BMW tenha um difusor no sistema de escapamento e o gás ficou circulando por baixo do veículo.

“Se fosse um carro original, não teria acontecido nada”. afirmou o mecânico.

afirma o mecânico

Vale ressaltar que o Código Brasileiro de Trânsito restringe as modificações mecânicas ou estéticas do veículo, configurando como uma prática ilegal.

O dono de uma oficina, Marcelo Linazzi, alerta que essas modificações podem oferecer risco para o vazamento de monóxido de carbono

“O monóxido de carbono é um veneno, é a ausência de oxigênio. Ele vai consumindo o ar e você vai respirando esse monóxido e silenciosamente você vai desfalecendo”.

informou o dono da oficina

Além disso, Linazzi orienta que os motoristas mantenham o carro em aspecto original de fábrica, já que o veículo foi certificado e testado. Ele também assegura que toda a vez que o automóvel é modificado, coloca-se em risco a segurança dentro do carro.

Jovens são encontrados mortos dentro de BMW em Balneário Camboriú

Os quatro jovens que foram encontrados mortos dentro de uma BMW na rodoviária de Balneário Camboriú, em Santa Catarina foram identificados como Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, de Paracatu/MG; Thiago de Lima Ribeiro, de 21 anos, de Patos de Minas/MG, Karla Aparecida dos Santos, de 19 anos, de Paracatu/MG; e um adolescente de 16 anos, também de Paracatu/MG.

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A principal suspeita é de que as vítimas tenham sido intoxicadas por monóxido de carbono ao descansarem dentro do carro com o motor e o ar condicionado ligados. 

Uma mulher que estava com o grupo disse à Polícia Civil que as vítimas relataram tontura, enjoo e sangramento antes de morrerem. Segundo a perícia, elas sofreram paradas cardiorrespiratórias. 

Além disso, a perícia feita na BMW apontou que uma perfuração na ligação entre o painel e o escapamento pode ter levado o monóxido de carbono ao ar condicionado.

*Com supervisão de Gabriel Sartini

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