Pacheco diz que Senado precisa reagir à problema crônico de criminalidade na Amazônia

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou em plenário nesta segunda-feira, ao comentar ao desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que a Casa não pode “fechar os olhos” e precisa reagir de forma “organizada” para enfrentar os problemas de criminalidade na Amazônia.

Pacheco, que prestou solidariedade às famílias dos desaparecidos, afirmou que caso confirmados, o assassinato de ambos configura uma “atrocidade”. Por isso mesmo, defendeu que o Senado possa se juntar às forças policiais e aos órgãos de fiscalização ambiental para atacar os problemas na região amazônica e contribuir com sua função legislativa.

“Caso se confirme o fato de terem sido eventualmente assassinados, caso isso se confirme é uma situação das mais graves do país”, disse o presidente do Senado.

“Há uma ofensa ao Estado brasileiro, uma ofensa às instituições gravíssima e nós, do Senado Federal, não podemos tolerar essa atrocidade”, acrescentou.

O Senado deve votar, ainda nesta tarde, a criação de uma comissão externa temporária para investigar o caso, a partir de um requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Ao fazer questão de deixar claro que a atuação da Casa não tem intenções políticas de atacar o atual ou qualquer outro governo, Pacheco disse que é um dever da Casa reagir “de maneira organizada”.

“Repito, não só o problema pontual, que esperamos muito que seja solucionado… Mas de um problema crônico havido nessa região”, defendeu o presidente do Senado.

“O Senado não pode fechar os olhos e não pode se furtar.”

Para ser criada, o requerimento de criação da comissão precisa de maioria simples dos votos no plenário. Se aprovada, a comissão terá 9 titulares e irá trabalhar por 60 dias.

“Os responsáveis diretos e indiretos não podem ficar impunes. Estamos vivendo uma realidade de violência que choca o Brasil. É necessário apurar para que situações assim jamais se repitam”, disse Randolfe.

O jornalista e o indigenista viajavam para uma reportagem em área remota da selva na fronteira entre Peru e Colômbia, que abriga o maior número de povos indígenas isolados do mundo. A região selvagem e sem lei atrai quadrilhas de contrabando de cocaína, madeireiros ilegais, garimpeiros e caçadores.

O desaparecimento da dupla repercutiu globalmente, com personalidades se juntando a políticos, ambientalistas e ativistas do direitos humanos na cobrança para que o presidente Jair Bolsonaro intensifique a operação de busca.

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