Com redução de preços em 0,8%, o Paraná teve, em setembro, a quarta queda consecutiva no Índice de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR), calculado mensalmente pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).
No mês anterior, o recuo do índice no Paraná havia sido de 1,11% e, antes disso, foi de -1% em julho, e -1,45% em junho.
Dos seis municípios que têm dados levantados para compor o índice, o declínio mais relevante visto em setembro foi observado em Londrina (1,61%), seguido por Curitiba, com variação de -1,20%; Ponta Grossa, -0,93%; Cascavel, -0,43%; Maringá, -0,36%; e Foz do Iguaçu, -0,26%.
Esses resultados seguem na esteira da melhoria generalizada de condições do agronegócio desde o fim do ano passado, como explica o diretor de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima, que ressalta a influência da melhoria do clima e a redução de custos de produção.
“Tanto assim que dos 35 produtos pesquisados, quase metade apresentou, de outubro do ano passado até setembro último, decréscimos de preços em níveis significativos, com destaque para óleo de soja, com queda de 30%, e ainda da carne de frango e leite integral”, diz ele, assinalando que, neste último mês, 21 dos 35 produtos tiveram queda de preços.
Alimentos que ficaram mais baratos no Paraná
O alimento com maior queda de preços no mês passado foi a batata-inglesa, de -13,53%, redução causada, segundo avaliação do Ipardes, pela conclusão da colheita do produto. A batata-inglesa apresentou variações de -16,63% em Curitiba, de -15,50% em Londrina, de -14,88% em Ponta Grossa, de -13,74% em Maringá, de -10,24% em Foz do Iguaçu e de -9,94% em Cascavel.
Em segundo lugar entre as maiores quedas ficaram os ovos de galinha, com -7,14%. Os preços foram influenciados pelo aumento da produção, assim como o ocorrido com o leite integral, que teve queda de -6,80%.
Entre os alimentos que tiveram aumento mensal de preços no Paraná, o tomate teve o maior destaque, com um incremento de 10,25% em setembro, relacionado à desaceleração da colheita da safra de inverno, seguido do alho (5,36%) e da maçã (5,18%). Em relação ao tomate, Cascavel liderou o reajuste mensal, de 16,44%, seguido de 12,91% em Foz do Iguaçu, 9,73% em Londrina, 8,87% em Maringá, 8,73% em Ponta Grossa e 5,14% em Curitiba.
“Em parte a redução de preços foi compensada por aumentos em itens como tomate, alho, maçã e arroz. O preço do tomate foi impactado pelo tempo de maturação e disponibilização; do arroz, pelo aumento das exportações, pressionando o preço do produto no mercado interno e, da maçã, pelo aumento da demanda local, provocando valorização”, explica Nojima.
Mesmo assim, o resultado global permanece favorável ao consumidor paranaense, tendo em vista que, do início do ano até o momento, os preços do conjunto de alimentos e bebidas apresentaram queda geral de -2,86%.