Justiça arquiva caso de triplo homicídio há 11 anos em Araucária

A Justiça do Paraná arquivou a denúncia contra um dos homens acusados pelo caso triplo homicídio em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, ocorrido em 2012.

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Foto usada no processo judicial/autoria desconhecida

As vítimas identificadas como Ivonete Gonçalves, de 44 anos, Anderson Sergio Portes, de 27, e Edemilson Tadeu Panchulo, de 51, eram mãe, filho e padrasto respectivamente.

Na decisão, a juíza responsável pelo processo entendeu que não existem indícios de autoria suficientes para submeter o acusado Ronaldo Portes Ribeiros, de 30 anos, a júri popular. Ele era sobrinho de Ivonete e primo de Anderson.

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), na manhã do dia 3 de novembro, Ronaldo e André Luís do Nascimento invadiram a casa da família, depois de arrombarem a porta do imóvel, e efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra todos que estavam no local.

Anderson e Edemilson morreram na hora, enquanto Ivonete chegou a ser socorrida com vida e morreu dias depois no hospital. Antes de falecer, no entanto, ela identificou quem teriam sido os autores do crime: seu sobrinho Ronaldo e André.

Caso de triplo homicídio em Araucária é arquivado

Ainda conforme a denúncia, o alvo da execução era Anderson e a motivação para o triplo homicídio em Araucária seria o fato dele ter se desentendido com um traficante, identificado apenas como Leandro, porque a namorada do homem o deixou para ficar com a vítima.

Os atiradores então teriam cometido o crime para vingar o suposto amigo com quem também teriam envolvimento na venda de drogas.

Na época, jornais que noticiaram o crime brutal destacaram que o casal tinha dois filhos com cerca de dez anos e que, por sorte, eles teriam dormido na residência dos avós na noite anterior.

Caso arquivado por falta de provas

Segundo o advogado criminalista Heitor Luiz Bender, que defende Ronaldo, seu cliente foi impronunciado por falta de indícios e porque testemunhas compareceram ao tribunal para afirmar que ele estava em outro local na hora do crime.

“Outro testemunho chave foi o depoimento de uma prima de Ronaldo e filha de Ivonete. Ela contou que no hospital, a mãe voltou atrás e se retratou dizendo não ter sido Ronaldo o autor dos disparos, mas sim uma pessoa chamada de Giovaninho”, pontua Bender.

O advogado explica que na impronúncia o caso fica arquivado, mas pode ser reaberto caso surjam novas provas que liguem o acusado ou mesmo uma terceira pessoa ao crime. Ele ainda destaca que o outro acusado, André, não responderá pelos assassinatos porque morreu no início deste ano.

“Já no caso do André, ele teve a punibilidade extinta porque morreu antes de ir a julgamento. Se ainda estivesse vivo continuaria sendo acusado porque ao contrário do que ocorreu com Ronaldo, a vítima [Ivonete] o reconheceu e manteve a afirmação de que ele era autor do crime, entre outros fatores”, completa Heitor Luiz Bender.

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