A primeira-dama de Araucária, Kauane Rode Camargo, de 16 anos, publicou uma foto com o prefeito da cidade, Hissam Hussein Dehaini, de 65 anos. Na postagem, a adolescente escreveu que o casal não se importa com a grande repercussão do casamento dos dois.
O casamento aconteceu no dia 12 de abril e o registro em cartório consta no Jornal Oficial dos Cartórios de Registro Civil. O prefeito conta com R$ 14 milhões em bens, conforme declarado pela Justiça Eleitoral.
A união do casal repercutiu em todo o Brasil. O matrimônio, embora envolva uma menor de idade, não é ilegal — no país, aos 16 anos, é possível casar desde que haja o consentimento dos pais.
“O que importa, sinceramente… é que não nos importamos!”,
postou a adolescente.
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Hissam se divorciou da segunda esposa em 2022 e está no segundo mandato de prefeito. A adolescente está no ensino médio em uma escola cívico-militar da cidade e ano passado participou do concurso Miss Araucária na categoria teen (para meninas entre 15 e 17 anos). Kauane foi eleita como segunda princesa.
O prefeito de Araucária deixou o partido Cidadania no dia 25 de abril, 13 dias após o casamento com Kauane. Desde a revelação da união do casal, a primeira-dama da cidade soma mais de 12,7 mil seguidores nas redes sociais.
Casamento de prefeito de Araucária com adolescente pode ser anulado
O casamento de Hissam com Kauane pode ser anulado. A Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) vai apurar se houve infração na oficialização da União.
O motivo da investigação é porque o casamento entre o político e Kauane Rode Camargo foi celebrado pela vice-prefeita do município, Hilda Lukalski Seima. Hilda é oficial do Cartório de Registro Civil de Araucária há mais de 40 anos, mas está afastada da função devido ao cargo político.
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Segundo a CNJ, a celebração do casamento do prefeito com a adolescente em Araucária violaria o Provimento n. 78/2020 da Corregedoria Nacional, que dispõe que atividades cartirárias não podem ser realizadas por quem ocupa cargo eletivo.
A vice-prefeita formalizou o período de afastamento para o período entre 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2024. Assim, ela não poderia exercer função no cartório que oficializou a união, celebrada no último dia 12 de abril.
A decisão de apurar o caso foi assinada no dia 27 de abril pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão. A Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Paraná tem o prazo de cinco dias para prestar informações à CNJ. Se comprovada infração, o casamento pode ser anulado.