Na última sexta-feira (24), Kherollyn, a bebê internada a 489 dias no Hospital Universitário Materno-Infantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Humai-UEPG), recebeu alta e foi para casa pela primeira vez.
Há cerca de 1 ano e 4 meses, a paciente foi internada com apenas cinco dias de vida e recebeu o diagnóstico de intestino curto.
Após uma série de exames e cirurgias, a bebê permaneceu em tratamento e acompanhamento, o ambiente hospitalar era sua única referência de “casa”.
A mãe de Kherollyn, Lúcia de Campos Oliveira, ficou o tempo inteiro ao lado da filha, ela relata que voltava para casa em poucas ocasiões apenas para ver as outras duas filhas mais velhas que estavam aos cuidados do pai.
Eu ficava aqui de 30 até 60 dias junto com ela, não ia pra casa. Ia apenas num fim de semana para ver minhas duas outras meninas mais velhas. […] Mesmo me recuperando da cesárea, eu não saía de perto dela. Era difícil, ainda mais pra quem fica, mas a gente se adapta.
Lúcia de Campos Oliveira, mãe de Kherollyn
A psicóloga Karen Martins ressalta que toda a equipe multiprofissional do Humai-UEPG esteve presente nos cuidados e dando suporte a família.
Alta da bebê internada a 489 dias gera comoção no Hospital
No dia 31 de janeiro de 2024, Kherollyn completou seu primeiro ano de vida no Humai. Os profissionais do Hospital organizaram uma festa de aniversário temática.
Antes disso, a equipe também fez ações do Dia das Crianças e Natal para animar o dia da bebê. Segundo a coordenadora das Clínicas Pediátricas do Humai, Ticiane Vilela, foi impossível não criar apego a paciente.
A gente falava que ela era uma moradora do Hospital, pois ao mesmo tempo que ela tinha todos os cuidados hospitalares, nós também precisávamos focar no desenvolvimento dela.
Ticiane Vilela, coordenadora das Clínicas Pediátricas do Humai
No momento tão esperado da alta, todos os médicos e profissionais estavam reunidos para celebrar e se despedir da família.
Em meio a muitas lágrimas, abraços apertados e palavras saudosas antecipadamente, Kherollyn finalmente pode partir para sua casa “oficial”.
O Humai foi um apoio muito, muito, muito importante, porque tudo o que eu precisei, sempre estenderam a mão. Aqui ela conseguiu se desenvolver, ter rotina… era uma casa, só que cheia de gente.
Lúcia de Campos Oliveira, mãe de Kherollyn
A partir de agora, a bebê internada a 489 dias poderá conviver com suas irmãs e família, uma nova e emocionante realidade aguardam Kherollyn.
Leia também no Massa News: