Um médico se recusou a dar um atestado para a mãe de uma criança de 5 anos que estava com febre. A mulher pediu o comprovante para poder cuidar da criança em casa. O caso foi registrado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cambé, no Norte do Paraná.
De acordo com a mãe, Luciana Gonçalves, a criança estava com 39°C de febre e apresentava problemas respiratórios. A mulher, que trabalha como porteira, precisava faltar no serviço para poder cuidar do filho.
Imagens gravadas por Luciana mostram o médico se recusando a dar o atestado para a mulher, com a justificativa que o menino poderia ficar sozinho em casa.
“Mas você vai deixar ele em casa nesse período. Qual o risco que ele tem de ficar sozinho?“, diz o médico. A mãe rebate a ação do médico e afirma que a criança não pode ficar em sozinha em casa.
A porteira conseguiu o atestado com uma médica da UPA e a criança passou por consulta com outro profissional, que deu um diagnóstico diferente do primeiro médico. “Ele falou que era só lavagem nasal e os próprios anticorpos iriam combater a doença”, relatou a mãe.
A mãe contou que pretende abrir um boletim de ocorrência na polícia e abrir uma ação judicial contra o município.
Médico que recusou atestado não teria especialidade de pediatra
Segundo a equipe da Rede Massa|SBT, a contratação dos profissionais de saúde acontece por meio da prefeitura da cidade e do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), que prevê o atendimento de 40 médicos em unidades de saúde.
O médico que recusou dar o atestado teria sido contratado como pediatra, mas ele não tem essa especialidade e seria apenas clínico geral, como consta no Conselho Regional de Medicina (CRM) dele.
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De acordo com a Prefeitura de Cambé, foi aberto uma sindicância para apurar o caso e entender se houve fraude na contratação do profisional, que já foi afastado dos serviços.