“Acho que dormi”, diz motorista de ônibus que tombou na BR-116

A Polícia Civil investiga o acidente com ônibus na BR-116, em Campina Grande do Sul, que causou a morte de uma mulher de 52 anos. O motorista do coletivo, Paulo Marques Filho, revelou em depoimento que pode ter dormido ao volante.

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Foto: Elbio Tavares/Rede Massa

O motorista do ônibus revelou que duas passageiras ficaram na cabine conversando com ele durante alguns minutos, mas depois que elas dormiram, ele pode ter cochilado.

“Vim conversando com elas, coisa e tal. No fim, pararam de conversar comigo e acho que dormi. Foi aquela fração de segundo, bobeira que aconteceu”, assume.

Marques Filho também falou, durante o depoimento, que pode ter sofrido um mal súbito ao volante. “Naquela região ali eu tive um mal súbito porque lá estava muito quente. Quando eu vi, o ônibus bateu na terra, eu puxei o ônibus pra cá e ele subiu no guard-rail”, descreve.

As causas do acidente com ônibus na BR-116 ainda estão sob investigação da Polícia Civil, que aguarda os laudos da Polícia Científica e o depoimento de outras testemunhas para chegar à conclusão do inquérito.

Ônibus que tombou na BR-277 estava irregular, diz ANTT

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o ônibus fazia uma viagem considerada irregular, já que a empresa não tinha licença para fazer esse tipo de serviço.

Conforme a ANTT, o ônibus tinha cadastro para realização de viagens de fretamento, mas estaria fazendo viagem “em regime regular, na qual não possui autorização para realizar”.

A Agência também reforça que a Buser não está sujeita à fiscalização direta da ANTT por ser um aplicativo, e não uma empresa de transporte. “No entanto, as apreensões de veículos associados à Buser frequentemente decorrem do uso de empresas (proprietárias dos ônibus) que não possuem a autorização necessária para a prestação do serviço”, diz nota da ANTT.

De acordo com a nota da ANTT, as empresas que prestam serviços à Buser têm autorizações para fazer fretamentos turísticos e ocasionais em trechos conhecidos como “circuito fechado, destinados a grupos específicos de passageiros que viajam juntos de ida e volta”.

“No entanto, a irregularidade surge quando essas empresas vendem passagens de ida somente, o que não se enquadra como fretamento. Essas viagens não possuem legalização adequada, uma vez que envolvem diferentes tipos de autorizações”.

Buser lamenta acidente com ônibus na BR-116

Em nota, a Buser lamentou o acidente ocorrido na BR-116 e garantiu prestar todo o apoio necessário às vítimas e suas famílias, além de abrir uma investigação própria para apuara as causas do acidente.

“(…) adiantamos que o ônibus estava com a documentação em dia e apto para fazer a viagem”, diz a nota da empresa.

O comunicado da empresa também esclarece que a Buser “é uma plataforma de intermediação de viagens de ônibus que conecta pessoas que querem viajar a empresas de fretamento”. A empresa reforça que os prestadores de serviço são licenciadas pelos órgãos fiscalizadores e devem seguir uma seleção rigorosa.

“Os motoristas parceiros também precisam cumprir uma série de requisitos, já que é realizada uma análise do histórico profissional para saber se estão aptos para prestarem serviços de condução de passageiros nas rodovias brasileiras”, diz a nota.

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