Caso Melissa: mandante do crime é condenado a 31 anos de prisão

O último acusado de envolvimento na morte da agente e psicóloga da Penitenciária Federal de Catanduvas, Melissa de Almeida Araújo, foi condenado a mais de 31 anos de prisão. O resultado do júri saiu na madrugada desta sexta-feira (25) e deu fim ao Caso Melissa, como ficou conhecido em todo o Paraná o crime cometido em 25 de maio de 2017 em Cascavel.

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Foto: Reprodução

Foram 12 dias de sessão de júri, considerado um dos mais longos da história com réu único.

Roberto Soriano pegou 31 anos e seis meses de prisão por homicídio qualificado consumado e deverá cumprir a pena em regime fechado. Ele está preso na Penitenciária Federal de Brasília (DF) e não terá o direito de recorrer em liberdade.

O resultado do júri do Caso Melissa põe fim a uma espera de anos, já que esta foi a 10ª tentativa de finalização do julgamento de Soriano, segundo a Justiça Federal.

Foram vários adiamentos, inclusive por abandono do plenário do júri pelos advogados de defesa, em 1º de fevereiro deste ano.

Edy Carlos Cazarim, Wellington Freitas da Rocha e Elnatan Chagas de Carvalho foram condenados pelo assassinato da psicóloga, em julgamento que terminou em 5 de fevereiro.

A acusada Andressa Silva dos Santos foi absolvida. O julgamento de Roberto Soriano foi desmembrado dos demais réus.

Caso Melissa: relembre o que aconteceu

Melissa trabalhava como agente e psicóloga na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Em maio de 2017, ela foi morta em frente ao condomínio onde morava. O marido dela ficou gravemente ferido no atentado.

A casa dela ficava a 55 quilômetros de Catanduvas. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Melissa teve sua rotina monitorada pelos criminosos por pelo menos 40 dias e foi considerada um alvo ‘de fácil alcance’, conforme apontaram as investigações.

Como se tratou de um crime cometido contra servidor público federal em razão do exercício de suas funções, o julgamento é de competência do Tribunal do Júri da Justiça Federal.

Defesa de Soriano ressalta absolvição de outros crimes

A defesa de Roberto Soriano, representada pelo advogado Cláudio Dalledone, questionou a condenação pelo mando do homicídio. “Uma decisão contraditória, manifestamente contrária às provas dos autos”, diz.

Por outro lado, a absolvição do réu em outros dois crimes foi celebrada pela defesa. Soriano foi absolvido da acusação de ser integrante de organização criminosa e também pela tentativa de homicídio triplamente qualificado contra o marido de Melissa.

Posicionamento da defesa de Roberto Soriano sobre resultado do júri Caso Melissa:

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