Marcos Antônio Ramon confessou ter matado Ana Paula Campestrini. O réu falou que queria atingir Wagner Cardeal Oganauskas, ex-marido da vítima.
Ana Paula foi executada com 14 tiros em frente ao condomínio onde morava, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, em 2021.
A confissão foi na manhã desta sexta-feira (24), durante o segundo dia do júri, no bairro Ahú. “Fui eu que matei, mas não dá forma que está sendo colocada”, afirmou.
Marcos afirmou que, na época do crime, em 22 de junho de 2021, ele estava usando cocaína e passando por dificuldades financeiras, morando de favor com a prima. Ele era o diretor administrativo e financeiro do clube em que Wagner era presidente, e queria tirar o amigo do cargo para poder ele mesmo subir para a presidência e conseguir mais recursos financeiros.
Segundo Marcos, já eram conhecidos os conflitos que Wagner tinha com Ana Paula, a ex-esposa. O réu confessou, então, que matou a vítima porque imaginava que Wagner seria responsabilizado e assim ele deixaria a presidência do clube.
“Tentei de várias formas descobrir mais podres. A única coisa diferente, que era mais séria, era a briga com a ex-mulher dele. As discussões que tinham dentro do clube, os escândalos que a Ana Paula fazia na frente do clube, então sabia que tinha uma coisa muito séria entre eles”.
Relembre o caso
Ana Paula Campestrini foi executada no dia 22 de junho de 2021, dentro do carro, quando chegava em casa, no bairro Santa Cândida, em Curitiba.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná, o crime foi encomendando por Wagner Oganauskas, ex-marido de Ana Paula e orquestrado pelo amigo dele, Marcos Antônio Ramon, diretor de um clube em que Wagner era presidente. O ex-marido de Ana Paula teria feito o pagamento de, ao menos, R$ 38 mil reais a Marcos para que ele cometesse o crime.
Os dois acusados foram a júri popular, que começou nesta quinta-feira (23).
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