O juiz Guilherme Moraes Nieto, designado para o Caso Daniel, deixou o processo após se declarar suspeito. Agora, são quatro juízes que se afastaram do caso que investiga o assassinato do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, ocorrido em 2018 em São José dos Pinhais.
Nieto foi designado a atuar no caso pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) no dia 23 de novembro. Dois dias depois, ele pediu o afastamento, alegando “motivos de foro íntimo”.
Na última semana, o juiz Marcos Takao Toda foi o terceiro a deixar o Caso Daniel. Os outros dois magistrados designados que abandonaram o processo, alegando o mesmo motivo, foram a juíza Luciani Regina Martins de Paula e o juiz Diego Paolo Barausse.
Um novo juiz deve ser designado pelo TJ-PR nos próximos dias. Os réus envolvidos devem ir a júri popular, mas ainda não há previsão de quando o julgamento vai acontecer.
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Caso Daniel completou 5 anos
Daniel foi encontrado morto em 27 de outubro de 2018 em São José dos Pinhais. O jogador foi degolado e teve o órgão genital decepado pelos assassinos, segundo inquérito da Polícia Civil.
O crime aconteceu depois que o jogador, então com 24 anos, participou da festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edison Brittes Júnior – o homem confessou o crime em depoimento à polícia e continua preso desde a época da investigação do caso.
No total, são sete réus e as acusações totalizam mais de 40 anos de prisão.
Edson Brittes responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e cinco vezes por coação no curso do processo.
Eduardo da Silva por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. David Volerro e Ygor King também respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
Cristiana Brittes foi denunciada por homicídio qualificado, fraude processual e corrupção de menor, enquanto sua filha Allana Brittes responde por coação de testemunhas, corrupção de menor e fraude processual. Evellyn Perusso foi denunciada por fraude processual.
Edson Brittes e Eduardo da Silva seguem presos.