Blogueira de Curitiba vira ré por morte de motoboy em acidente

Com a colaboração de Manoel Costacurta e Douglas Bandeira

Cassia Vialli, blogueira e influenciadora digital de Curitiba, virou ré pela morte do motoboy Jheykson Roger Medeiros, em acidente de trânsito ocorrido em setembro do ano passado.

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Foto: Reprodução/Redes sociais

A Justiça aceitou nesta semana a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), feita em dezembro de 2022, e a blogueira será julgada por homicídio com dolo eventual.

O Poder Judiciário ainda determinou algumas medidas que, se não forem cumpridas por Cássia, podem resultar em sua prisão imediata – ela aguarda o julgamento em liberdade por ser ré primária.

Entre as medidas, a blogueira terá que informar e justificar atividades e apresentar comprovante de residência atualizado a cada dois meses. A influenciadora de Curitiba também não poderá ter contato com qualquer testemunha do caso e nem se ausentar da cidade por mais de oito dias sem autorização judicial.

A blogueira também não pode sair de casa das 22h às 5h, mesmo nos dias de folga, e não poderá frequentar festas e eventos onde há o consumo de bebidas alcoólicas. Cassia também não pode dirigir, já que está com a CNH suspensa.

Blogueira de Curitiba vira ré por morte de motoboy

Na noite de 3 de setembro, o motoboy voltava de uma entrega e, quando passava pela rua Paulo Setúbal, perto da Praça Menonitas, foi atingido pela caminhonete dirigida por Cássia Vialli. A blogueira estava na contramão e estaria embriagada, conforme o MPPR. O socorro foi chamado, mas Jheykson não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Na época do acidente, a blogueira disse que fugiu do local porque ficou com medo de ser agredida pelas pessoas que se aproximaram do motoboy logo após o acidente.

O MPPR sustenta que houve a prática do crime de homicídio com dolo eventual, quando o autor assume o risco de provocar uma morte – no caso da blogueira, dirigir na contramão sob efeito de álcool.

Defesa de blogueira de Curitiba contesta proibições

O advogado Igor José Ogar, que representa Cassia Vialli, deve entrar com recurso para alterar as medidas restritivas impostas contra a blogueira de Curitiba.

“Algumas das medidas se tornam impossíveis de serem cumpridas em razão da atividade profissional da Cassia, que trabalha como modelo em eventos e sempre precisar estar viajando e prestando esse tipo de serviço em horários bastante alternados”, defende o advogado.

O pai do motoboy, Almir Medeiros, acredita que as medidas não serão respeitadas pela blogueira. “Talvez nos primeiros 15 dias ela vá respeitar, e depois vai levar em esquecimento. Ela anda postando procedimento estético, baladinha, espero que ela dê uma tropeçada boa porque a gente está de olho”, garante.

Ele também celebra a possibilidade de que Cássia Vialli seja submetida a júri popular. “Eu espero que o [julgamento] dela seja rápido e que ela seja punida pelo que ela fez, ela tirou a vida do meu filho”, apela.

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