Uma proposta da Câmara de Curitiba quer acabar com a infestação do mosquito Simulium sp, popularmente conhecido como ‘borrachudo‘, na capital. O texto, dos vereadores Bruno Pessuti (Pode) e Sidnei Toaldo (Patriota), prevê o controle biológico do inseto.
Na publicação, os parlamentares afirmam que há uma demanda da população, que diz estar sendo atacada pelos borrachudos nos parques e praças.
Em entrevista à Rede Massa | SBT, Pessutti afirma que os vereadores estão estudando propostas para o controle do borrachudo em Curitiba sem prejudicar o meio-ambiente.
Uma das alternativas seria a aplicação de biolarvicidas, ou também aumentar a população dos predadores naturais das larvas dos borrachudos nos rios da cidade, como os lambaris.
Empresário criou perfil para alertar a população sobre a infestação do borrachudo em Curitiba
A família do empresário Rafael Schimitt, morador de Santa Felicidade, tem até estoque de repelente em casa para conseguir lidar com os borrachudos. Incomodado, Rafael criou um perfil no Instagram, @borrachudoscuritiba, para chamar a atenção das autoridades para a infestação do inseto.
“A proliferação de borrachudo está demais, muito grande. Procuramos tratar isso uma maneira localizada para que a gente fosse ouvido”, afirma o empresário.
Mas porque tantos borrachudos em Curitiba? Segundo a professora de Biologia e Geografia do Centro Universitário Internacional (Uninter), Thaisa Maria Nadal, essa proliferação é consequência de um desequilíbrio ambiental.
“Para resolver esse problema, os órgãos públicos precisam fazer a manutenção da mata ciliar, a preservação das florestas e manter os rios limpos, pois as larvas desse mosquito se alimentam de matéria orgânica”.
Procurada, a Prefeitura de Curitiba afirmou que estuda meios para conter a infestação. Veja a nota:
“A proliferação dos borrachudos pode ser explicada pelo regime de chuvas e pelo calor, efeitos diretos das mudanças climáticas na cidade. A Prefeitura de Curitiba recebeu manifestações da população e de vereadores e está estudando uma forma de minimizar o incômodo causado pela presença excessiva desses insetos, principalmente em áreas verdes e seus entornos.”