O julgamento do médico Rafael Suss Marques, acusado de matar por asfixia a namorada e fisiculturista Renata Muggiati acontecerá em fevereiro. Na segunda-feira (16), o Tribunal do Júri de Curitiba determinou a quebra de sigilo dos autos da ação penal do caso.
Depoimentos e documentos do caso mostram que a vítima já sofria violência nos primeiros meses do relacionamento com o médico. Uma testemunha relata que o casal vivia trancado e não interagia com a família.
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Essa mesma testemunha afirma que antes das agressões físicas, o médico teria questionado o motivo de Renata não querer ter relações íntimas com ele.
Renata Muggiati morreu por asfixia
Renata morreu em setembro de 2015, em Curitiba. O médico é acusado de asfixiar e depois jogar o corpo da atleta pela janela do 31º andar, no centro da capital.
Marques responde por homicídio qualificado, lesão corporal e fraude processual.
Renata e Rafael se relacionaram durante onze meses. Amigos da vítima relataram que durante o namoro ela se afastou da vida social e do trabalho. Eles também alegam que a atleta perdeu peso e aparentava sofrimento emocional.
Réu teria subornado médico legista
Um laudo inicial do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima morreu após cair do prédio. O médico legista afirmou que Renata havia tirado a própria vida.
Entretanto, após outros exames apontarem asfixia, a investigação descobriu que o médico legista havia feito uma falsa perícia.
O médico legista Daniel Colman foi exonerado do cargo em junho de 2018. Antes disso, o corpo da fisiculturista passou pelo processo de exumação, em outubro de 2015.
Novos exames mostraram que a causa da morte de Renata foi por asfixia mecânica, ou seja, a vítima foi enforcada até a morte e depois jogada pela janela.