O julgamento do caso Muggiati continua nesta terça-feira (9). Pela manhã, o pai de Rafael Suss Marques, réu acusado de matar por asfixia a namorada e fisiculturista Renata Muggiati, prestou depoimento.
O pai de Rafael, que também é médico, falou sobre o comportamento do filho e rebateu algumas informações técnicas levantadas durante o caso.
A testemunha disse que na época Renata estava abalada emocionalmente por dois motivos: Rafael queria terminar o relacionamento e ela havia sido pega em exames antidoping durante as competições de fisiculturismo.
No Tribunal do Júri, o pai do réu citou um episódio em que eles encontraram Renata trancada no apartamento. Quando eles conseguiram arrombar a porta, viram que a atleta havia misturado bebidas alcoólicas com uma grande quantidade de remédio.
Durante o depoimento, o homem também falou sobre a corrupção no Instituto Médico Legal (IML). Ele alegou que sofreu uma tentativa de extorsão de um dos médicos. Depois de ouvir a situação, ele informou o advogado da família que o orientou a fazer uma denúncia no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
Por meio de cálculos, engenheiro questiona versão que Renata foi jogada pela janela
No início da tarde desta terça, a defesa de Rafael convocou um engenheiro especialista em cálculos para ser assistente técnico.
Por meio de cálculos, o profissional afirmou que alguns laudos periciais da Polícia Civil (PC) estão equivocados.
Durante o depoimento, o engenheiro contou que pegou a planta do apartamento e analisou que havia um móvel na janela. Ele fez os cálculos e alegou que seria difícil Rafael ter jogado Renata da janela.
Ele também afirmou que a posição com que a vítima foi encontrada no chão não seria a mesma se ela tivesse sido lançada.
Por fim, o profissional criticou a reconstituição do caso, pois afirma que usaram um protótipo que não tinha o mesmo peso da fisiculturista.