O Caso Raul Pelegrin apresentou um novo desdobramento na manhã deste sábado (6), após a defesa de advogados do morador – suspeito preso por cortar corda de trabalhador, denunciar possível descaso por parte do Estado diante do falecimento de empresário.
A defesa, por meio de coletiva de imprensa, cobrou esclarecimentos da Justiça Penal, para entender o que aconteceu e como se deu o percurso de Raul até ele vir a óbito.
O advogado da família do empresário Adriano Bretas, relatou que a informação oficial passada à defesa foi que Pelegrin estava na enfermaria da Casa de Custódia de Piraquara (CCP), na manhã do dia 4 de abril.
Segundo Bretas, não foi franqueado nenhum registro ou prontuário sobre a situação, deixando uma incógnita sobre qual foi o desdobramento e as circunstâncias que se sucederam após a internação na CCP.
Advogados do Caso Raul Pelegrin cobram respostas sobre circunstâncias do falecimento do empresário
Em coletiva de imprensa, os advogados afirmaram que irão cobrar a Justiça por respostas sobre as circunstância em que se deu o óbito de Pelegrin.
Segundo a defesa, tanto eles quanto os familiares não foram avisados sobre a transferência de Raul da CCP para o Hospital Angelina Caron, unidade em que foi relatado o falecimento.
A advogada que representa a família Alessi Brandão, relembrou a condição de dependência química e estado debilitado em que seu cliente se encontrava.
A família, em 2020, fez o internamento dele, ele ficou internado e tentou se livrar dos vícios das drogas. Depois de 2020, foram idas e vindas, até que sucumbiu a doença que levou ao último fato (óbito). […] Um pai e uma mãe enterram um filho, com a certeza que não conseguiram nem salvar das drogas e tão pouco demover o judiciário da gravidade que é essa doença. Hoje, um menino de 12 anos fica órfão, com a certeza de que a insensibilidade do judiciário foi uma pena de morte para o seu pai.
Advogada Alessi Brandão
De acordo com depoimento dos advogados, a intenção não era eximir o empresário do crime que ele cometeu no dia 14 de março, ao cortar a corta que segurava um trabalhador de limpeza do sexto andar de um prédio residencial, no bairro Água Verde, em Curitiba.
Entretanto, eles solicitavam que fosse realizada a transferência do homem a uma clínica de reabilitação, a fim detratar a doença acometida pela dependência química que ele sofria há anos.
Raul Ferreira Pelegrin, de 41 anos, morreu nesta sexta-feira (5). O atestado de óbito informa que o motivo do falecimento foi uma Sepse – conhecido popularmente por infecção generalizada, ocasionada por uma pneumonia que foi contraída na prisão.
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