O Caso Suellen Rodrigues, mulher que foi morta pelo ex-marido na frente dos filhos em uma escola de Curitiba, tem mais um capítulo. O acusado do crime, o advogado e ex-policial Jaminus Quedaros de Aquino, vai à júri popular.
A Justiça determinou que Jaminus será julgado por homicídio com quatro qualificadoras: feminicídio; motivo torpe por ciúmes e possessividade; meio que resultou em perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (emboscada).
A pena pode chegar a 40 anos de prisão. A punição é aumentada por Jaminus ter cometido o crime na frente dos filhos e por ter descumprido medidas protetivas.
O júri ainda não tem data definida.
Relembre o Caso Suellen; crime chocou Curitiba
Suellen deixava as crianças, de 10 e 7 anos, para o turno da tarde na Escola Municipal Donatila Caron dos Anjos, no dia 31 de outubro de 2022. A vítima era de Prudentópolis, e estava em Curitiba há poucos dias para fugir do ex-marido. Ela foi surpreendida por Jaminus na porta da escola.
O homem acertou pelo menos três tiros na vítima – o crime foi cometido na frente dos filhos do casal. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento exato do crime e é possível ver que uma das crianças sai correndo, enquanto a outra permanece imóvel e assiste à mãe perder a vida pelas mãos do próprio pai.
De acordo com os advogados da família da vítima, o homem não aceitava a separação. Ele já havia ameaçado a vítima de morte em setembro. Suellen prestou queixa e conseguiu uma medida protetiva. Em 17 de outubro, ela registrou um novo boletim de ocorrência, pois Jaminus não estava respeitando a medida.