O caso Suellen Rodrigues, mulher morta na frente dos filhos em uma escola de Curitiba, completa um ano nesta terça-feira (31). Familiares e amigos espalharam outdoors e cartazes pela capital pedindo justiça pelo feminicídio.
O advogado e ex-policial Jaminus Quedaros de Aquino, ex-marido da vítima, foi denunciado pelo Ministério Público pela morte. Ele segue preso, mas o julgamento ainda não tem data.
No dia 31 de outubro de 2022, Suellen, 29 anos, deixava as crianças em uma escola municipal no bairro Uberaba. A vítima era de Prudentópolis, e estava em Curitiba há poucos dias para fugir do ex-marido. Ela foi surpreendida por Jaminus na porta da escola. O homem acertou pelo menos três tiros na vítima.
Caso Suellen: família faz campanha contra o feminicídio em Curitiba
Um ano após a morte de Suellen, a família da vítima criou um memorial e uma campanha para homenagear a jovem e também alertar a população contra o feminicídio.
Pela capital paranaense, foram instalados cinco outdoors que exibem um vídeo que relembra o caso. Também foram espalhados cerca de 200 cartazes em ônibus e estações-tubo para pedir justiça.
Em entrevista à Rede Massa | SBT, o pai de Suellen, Rildo Jauri, comenta sobre o memorial.
“Vamos fazer uma homenagem, orar por ela. Com certeza ela está do lado de Deus, mas a gente vai lutar por justiça. Isso não pode ficar assim”.
O caso está em processo na Justiça. Jaminus deve ir a júri popular.
“Aguardamos esse julgamento no plenário do Tribunal do Júri ainda em 2024, no primeiro semestre, embora não tenhamos ainda uma data específica”, diz o advogado da família da vítima, Jackson Bahls.
Relembre o Caso Suellen
Suellen deixava as crianças, de 10 e 7 anos, para o turno da tarde na Escola Municipal Donatila Caron dos Anjos, no dia 31 de outubro de 2022. A vítima era de Prudentópolis, e estava em Curitiba há poucos dias para fugir do ex-marido. Ela foi surpreendida por Jaminus na porta da escola.
O homem acertou pelo menos três tiros na vítima – o crime foi cometido na frente dos filhos do casal. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento exato do crime e é possível ver que uma das crianças sai correndo, enquanto a outra permanece imóvel e assiste à mãe perder a vida pelas mãos do próprio pai.
De acordo com os advogados da família da vítima, o homem não aceitava a separação. Ele já havia ameaçado a vítima de morte em setembro. Suellen prestou queixa e conseguiu uma medida protetiva. Em 17 de outubro, ela registrou um novo boletim de ocorrência, pois Jaminus não estava respeitando a medida.