Curitiba vê casos suspeitos de dengue explodirem e liga alerta

Os casos de pacientes com sintomas de dengue em Curitiba tiveram um aumento expressivo em 2024. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) avalia que a situação preocupa e monitora os casos para evitar a circulação do mosquito Aedes aegypti.

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Foto: Lucilia Guimarães/SMCS

Dados da SMS apontam que o atendimento de pacientes que chegam nas unidades de saúde com sintomas relacionados à dengue cresceu 2169% em 2024.

Entre 1º de janeiro e 10 de fevereiro de 2024, foram realizados 2065 atendimentos – uma média de 50 por dia. Em 2023, no mesmo período, foram 91 atendimentos, enquanto a média histórica é de 88 atendimentos por suspeita de dengue.

AnoTotal de atendimentosMédia de atendimentos por dia
2024206550
2023912,22
Atendimento de pessoas com suspeita de dengue nas unidades de saúde de Curitiba. Período: 1º de janeiro a 10 de fevereiro. Fonte: Secretaria Municipal da Saúde

A secretaria ressalta que nem todos os pacientes com sintomas acabam tendo confirmação da dengue e que, além do aumento da circulação da doença, outros fatores contribuem para o crescimento nos atendimentos.

“O aumento da procura, além de estar relacionado ao aumento de casos, também está relacionado à maior divulgação sobre o tema, considerando que os sintomas da dengue podem ser confundidos com de outras doenças”, diz a SMS.

Casos de dengue em Curitiba

O número de casos confirmados de dengue em Curitiba também cresceu. Desde o início do ano até 15 de fevereiro, a capital paranaense teve 311 casos importados e 38 casos autóctones (contraídos na própria região) de dengue.

Os números de janeiro de 2024 em comparação com 2023 mostram o aumento. Ano passado, foram confirmados no mês 25 casos importados e nenhum autóctone de dengue no município, enquanto neste ano janeiro já registrou 185 importados (crescimento de 640%) e 23 autóctones.

A SMS afirmou ao Massa News que, embora Curitiba não esteja vivendo uma epidemia de dengue, o aumento na circulação da doença preocupa pela proximidade da capital com o interior e litoral do Paraná, regiões com mais casos confirmados de dengue.

“O viajante pode se infectar em outra cidade e, ao retornar à Curitiba, ser picado pela fêmea do Aedes aegypti, capaz de carregar o vírus e infectar outras pessoas. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito em Curitiba e, ao mesmo tempo, realizar os bloqueios nos locais em que há casos”, explica a SMS.

A secretaria diz que, durante todo o ano, Curitiba mantém alerta constante para a doença por meio do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti. Entre as ações, estão vistorias com drones de focos de proliferação do mosquito, monitoramento com armadilhas para o inseto e eliminações de criadouros, além de além de ações pedagógicas e mutirões de limpeza.

Moradores de Curitiba que estiveram com suspeita de dengue podem procurar as unidades de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

O atendimento pode ser feito também por tele e vídeo consulta, serviço disponibilizado pela Central 3350-9000. Já a Central 156 recebe solicitações de pedidos de fiscalização em locais com suspeita de água acumulada.

Dengue: Guia de Prevenção e Informação

Para que você possa se proteger, o primeiro passo é tirar todas as dúvidas em relação à dengue. É por isso que o Massa News preparou o Guia de Prevenção e Informação com tudo o que você precisa saber para se proteger.

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