Curitiba tem mais de 700 acidentes com aranha-marrom em 2023

Entre janeiro e novembro de 2023, Curitiba registrou pelo menos 708 casos de acidentes com aranha-marrom. Os dados ainda são preliminares e foram divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

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Foto: Arquivo/SMCS

Curitiba e região metropolitana são os locais com maior ocorrência da aranha-marrom no Brasil. Apesar desse índice, o número de acidentes com o aracnídeo tem diminuído nos últimos anos, graças à atenção dos moradores na prevenção e à capacitação das equipes de saúde no atendimento a esse tipo de ocorrência.

Nos primeiros anos da década de 2000, a média era de 3,1 mil acidentes por ano na cidade. No ano passado, foram 754 picadas de aranha-marrom. O menor índice foi em 2020, durante a pandemia de covid-19, quando foram registrados 472 casos.

“A aranha marrom não é agressiva, geralmente ela pica quando é comprimida contra o corpo, quando a pessoa coloca uma roupa ou um sapato sem uso há muito tempo e onde o animal se alojou”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides de Oliveira.

“Cerca de 85% dos acidentes são leves e tratados com antialérgicos ou corticoides. Em poucas situações, as mais graves, será necessário o soro antiaracnídico”, reforça Alcides.

Acidentes com aranha-marrom

A picada da aranha-marrom não dói no início, mas os sintomas começam a aparecer depois de seis horas. Existe o risco do quadro evoluir para lesões mais graves em até 72 horas, por isso é importante ficar atento aos sintomas.

Ardência, inchaço e vermelhidão no local da possível picada são os indícios mais evidentes de que a lesão foi, de fato, causada por uma aranha-marrom. Caso o tratamento não seja feito a tempo, o ferimento pode levar a uma lesão que leva meses para cicatrizar, podendo evoluir para casos em que é necessário fazer enxerto de pele.

Apesar do risco, o médico da SMS reforça que apenas de 3% a 5% dos acidentes com aranha-marrom evoluem para casos mais graves.

Prevenção de acidentes com aranha-marrom

Manter os ambientes limpos, com uso de pano e aspirador de pó atrás de móveis e quadros nas paredes;

Sacudir roupas, calçados, lençóis e cobertas antes de usá-los – os aracnídeos costumam sair de seus esconderijos durante a noite para caçar suas presas, mas atacam humanos para se defenderem de contatos acidentais;

Manter a casa arejada e evitar acúmulo de entulho nos quintais, principalmente telhas, materiais de construção e restos de madeira;

Impedir a entrada da aranha nas casas utilizando lâminas de borracha na parte debaixo das portas;

Não usar venenos;

Lagartixas são predadoras naturais das aranhas e, além de tudo, não fazem mal aos seres humanos – logo, são animais bem-vindos em casa;

Antes de abrir armários ou cômodos fechados há muito tempo, vale inspecionar atentamente o local usando luvas de borrachas e calçados fechados;

Tampar buracos vazios de paredes, forros, rodapés e cantoneiras.

O que fazer em caso de picada de aranha-marrom

Assim que surgirem os primeiros sinais da picada, a vítima deve lavar o local do ferimento e buscar atendimento numa Unidade de Saúde. Se possível, o ideal é levar a aranha até o local para facilitar ao atendimento e garantir o diagnóstico mais preciso.

Em Curitiba, todas as 109 unidades de saúde estão preparadas para atender a esse tipo de situação.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor será o resultado do tratamento. O soro antiaracnídico só é utilizado em casos considerados mais graves e com evolução de até 36 horas.

O que NÃO fazer em caso de picada de aranha-marrom

É contraindicado manusear ou espremer o ferimento. A vítima da picada da aranha-marrom também não deve se expor ao sol, nem praticar atividades físicas ou tomar banhos quentes.

Também não deve aplicar nenhum remédio ou produto caseiro sem indicação médica. Esse tipo de atitude pode levar à infecção do ferimento, agravando ainda mais o caso e prolongando o período de recuperação.

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