A doação de sangue é um ato de comprometimento social com o próximo. Uma única doação pode salvar até três vidas. Por isso, o dia 14 de junho é considerado o Dia Mundial do Doador de Sangue, e durante todo o mês é desenvolvida a campanha Junho Vermelho, justamente para incentivar a doação no período mais frio do ano.
É importante manter o estoque de sangue para todos em tratamento crônico, como anemias severas e hemofilia, ou para tratamentos agudos, como acidentes e cirurgias.
Pensando em um cenário ideal para a boa manutenção dos estoques de sangue, o professor e coordenador do curso de biomedicina da Faculdade Herrero, João Ribas, indica que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano.
Os homens podem doar até quatro vezes com intervalo de 60 dias entre cada doação. Mulheres podem doar até três vezes por ano, com intervalo é de 90 dias entre as doações.
O que precisa para doar sangue?
Em um primeiro momento, para doar sangue é preciso:
- ter vontade de ajudar o próximo
- estar em boas condições de saúde
- ter entre 16 e 69 anos completos
- pesar no mínimo 51 kg
- estar devidamente descansado, alimentado e hidratado
- apresentar documento de identificação
João Ribas reforça que algumas situações exigem cuidados antes de doar sangue.
“Se você está com sintomas gripais, diarreia, é gestante ou está amamentando, tem tatuagem, micropigmentação ou piercing, fez procedimento estético utilizando toxina botulínica, tratamento dentário, está em crise alérgica, tem diabetes ou usa alguma medicação antibiótica, tem hipotireoidismo, faz ou fez aplicação de testosterona ou outro hormônio anabolizante, passou por algum processo cirúrgico ou tomou vacina, você pode doar, apenas respeitando o período mínimo entre o procedimento/doença e a doação”.
O que impede a doação de sangue
O professor também esclarece que algumas doenças ou procedimentos podem impedir que uma pessoa seja doadora de sangue.
- hepatite viral após os 11 anos de idade
- diabetes tipo 1
- tratamento de epilepsia ou convulsão
- doença renal
- antecedentes de neoplasias
- derrame
- evidência clínica ou laboratorial de HIV, Hepatites B e C, HTLV I/II, Doença de Chagas
- cirurgia bariátrica
João Ribas esclarece que o biomédico tem uma habilitação chamada de Banco de Sangue. “Isso quer dizer que o biomédico que optar por essa área em sua formação poderá atuar diretamente no banco de sangue, desde as partes iniciais de orientação e recepção até coleta, análise do sangue, separação dos componentes sanguíneos e exames conhecidos como pré e pós transfusionais”.
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“Campanhas como o Junho Vermelho são extremamente importantes para a conscientização das pessoas sobre a doação de sangue. Mas precisamos de sangue em todos os meses do ano, por isso a importância da doação consciente e constante”, finaliza o coordenador de biomedicina da Faculdade Herrero.