Ocorre nesta terça-feira (2) o segundo dia do julgamento de Erik Busetti, acusado de matar a esposa Maritza Guimarães de Souza e a enteada Ana Carolina de Souza em março de 2020, em Curitiba.
Neste segundo dia de júri, são ouvidas testemunhas arroladas pela defesa de Erik, que buscam retirar a qualificadora de feminicídio do julgamento.
“Ficou comprovado na data de ontem que não há o que se falar em violência. Os vizinhos em um só tom afirmaram que não havia violência naquele condomínio. A acusação está com medo, desistiu de duas testemunhas que eram fundamentais para essa causa. O pai da Ana Carolina ia desvelar um pouco da personalidade da Maritza e da Ana, o que é imprescindível para o julgamento”, disse o advogado Renan Canto, que defende Erik.
A advogada de acusação, Louise Mattar Assad, rebateu a tese da defesa de Erik em entrevista para a Rede Massa | SBT.
“Não é toda violência doméstica que é ouvida pelos vizinhos, não é toda relação conturbada que é de conhecimento das pessoas. Normalmente as pessoas que têm problemas em casa não querem que os outros fiquem sabendo”, afirmou. “Ele tem direito a ter uma defesa, uma defesa ampla com liberdade de defendê-lo. É o jogo do plenário. O fato é que tiveram tiros, mortes, uma filha abraçada na mãe, mortas na sala de TV. É um crime brutal”.
O júri popular estava previsto para acontecer em abril mas foi adiado a pedido da defesa do réu. A mudança foi feita em comum acordo com a acusação e teve concordância do Ministério Público. A previsão é que o julgamento de Erik Busetti dure três dias.
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Julgamento de Erik Busetti: relembre o caso
O delegado Erik Busetti é réu por duplo feminicídio e imagens de câmeras de segurança registraram todos os momentos do crime. Ele é acusado de executar e esposa, a escrivã da Polícia, e sua enteada.
No vídeo, divulgado com exclusividade pela Rede Massa | SBT em outubro do ano passado, é possível ver que o casal discutiu e a mulher foi agredida com vários socos. Na sala de casa, o delegado saca a arma e atira contra esposa e enteada.
No momento dos tiros, as duas se abraçaram na tentativa de se protegerem, mas não resistiram aos ferimentos e morreram abraçadas no sofá da casa.
Na casa onde o crime foi cometido, havia ainda uma criança de 9 anos, filha do casal. O próprio delegado levou a menina até a casa dos vizinhos e disse que “fez uma besteira”. Ele mesmo ligou para a polícia confessando os crimes.