ATUALIZADA ÀS 16H15
Um estudante de 26 anos morreu nesta segunda-feira (18) em Curitiba, dias depois de sofrer um mal súbito no campus Ecoville da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba.
Bruno Henrik Silva Antunes de Pontes estava no primeiro ano do curso de Bacharelado em Química e sofreu um mal súbito no último dia 12, nas dependências da UTFPR.
“O estudante desmaiou no andar térreo do Bloco B e foi acompanhado pelo professor Júlio César Rodrigues de Azevedo e por outros professores. Durante o ocorrido, também esteve presente no local a servidora técnica de enfermagem do campus Curitiba”, descreveu a nota da universidade divulgada no dia 13.
Ele foi socorrido pelo Samu e encaminhado ao Hospital Cajuru, onde ficou internado por quase uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a morte dele foi confirmada nesta segunda.
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Natural de Monte Alegre (SP), o corpo dele será velado e sepultado no município paulista nesta terça-feira (19). “Seus passos foram guiados por Deus neste breve momento que passou nesta terra. Hoje choramos sua partida, mas com a certeza que os céus estão em festa com a tua chegada”, escreveu uma tia do estudante nas redes sociais.
Morte de estudante da UTFPR gera debate sobre ambulatório
Desde que o estudante sofreu o mal súbito dentro da UTFPR, no último dia 12, outros alunos começaram a se mobilizar para cobrar a reitoria da universidade pela instalação de um ambulatório nos campi da instituição.
Em nota publicada nas redes sociais, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UTFPR argumenta que “a falta de uma enfermaria funcional, com profissionais da área médica e de enfermagem, é um problema estrutural da UTFPR”.
“Desde a transformação do CEFET para UTFPR [em 1998], o campus Curitiba possui somente uma vaga para contratação de médico, o que por si só já seria pouco, levando em consideração que, ao longo dos anos, o horário de funcionamento da faculdade foi expandido para noite e duas novas sedes foram construídas”, justifica o DCE.
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Além disso, segundo o órgão que representa os estudantes, os servidores que eram responsáveis pelo ambulatório “ambulatório deixaram de prestar serviços emergenciais, trabalhando atualmente no SIASS [Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor]”.
UTFPR lamenta morte de estudante
Em nota, a UTFPR informou que decretou luto de dois dias a partir desta terça. “As atividades acadêmicas dos cursos vinculados ao Departamento Acadêmico de Química e Biologia (DAQBI), estarão suspensas nos dias 19 e 20 de setembro”.
“A UTFPR Curitiba presta sentimentos e se solidariza com os familiares, amigos e colegas de Bruno”, diz o comunicado.
De acordo com a universidade, em nota divulgada no dia que o estudante sofreu mal súbito na UTFPR, “os serviços de emergência Summus, empresa contratada pelo campus para atendimento pré-hospitalar, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), da prefeitura de Curitiba, foram acionados”.
Até a chegada das ambulâncias, uma estudante do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, que é técnica de enfermagem, prestou os primeiros atendimentos.
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“O SAMU chegou ao local cerca de 25 minutos depois do chamado e, dois minutos depois, a Summus também já prestava atendimento ao estudante. As equipes médicas trabalharam conjuntamente realizando a reanimação de Bruno, que sofreu quatro paradas cardiorrespiratórias ainda nas dependências da sede Ecoville”, diz o comunicado.
Situação do ambulatório da UTFPR
A assessoria de imprensa da UTFPR foi procurada pelo Massa News na manhã desta terça-feira para comentar sobre as declarações do DCE a respeito da falta de ambulatório no campus Ecoville.
Em nota, a assessoria de imprensa da UTFPR informou que o procedimento padrão do Campus Curitiba para casos de emergência é “o acionamento da Summus Emergências Médicas, do Samu e do Núcleo de Acompanhamento Psicopedagógico e Assistência Estudantil (Nuape), que presta apoio aos estudantes e familiares, além de acionar o seguro contratado para todos os discentes da UTFPR”.
“A Direção-Geral do Campus Curitiba ressalta que as três sedes (Centro, Ecoville e Neoville) possuem aparelhos desfibriladores em funcionamento e são cobertas pelo atendimento da Summus Emergências Médicas”, reforça o comunicado.
A nota também informa que há uma licitação em aberto para contratação de empresa que vai realizar novos cursos para a formação de brigadistas e de primeiros socorros junto à comunidade acadêmica. “Além disso, atualmente a comunidade acadêmica já tem integrantes formados em curso de brigadista”, garante a nota.