O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) suspendeu a greve dos professores prevista para começar nesta segunda-feira (3). Entretanto, a presidente da APP-Sindicato afirmou que a paralisação vai ser mantida em Curitiba.
De acordo com a desembargadora Dilmari Helena Kessler, o sindicato não pode realizar qualquer movimento grevista até que apresente um plano de manutenção das atividades educacionais. Caso a greve dos professores aconteça, haverá uma multa diária de R$ 10 mil.
A ação cível pedindo a suspensão do movimento foi ajuizada pela Procuradoria-Geral do Estado. “Essa decisão reflete a ilegalidade da greve e que o Estado do Paraná vai continuar entregando a melhor educação deste país”,
diz o procurador-geral do Estado, Luciano Borges.
A orientação da Secretaria de Educação do Paraná (Seed-PR), com base na decisão da Justiça, é de que os pais enviem seus filhos normalmente para a escola nesta segunda-feira (3).
Se houver faltas de professores e funcionários da Educação, haverá desconto em folha de pagamento. Os diretores devem garantir que as escolas abram e que os estudantes, servidores e terceirizados entrem nas instituições.
Sindicato garante greve dos professores nesta segunda
Em um vídeo nas redes sociais, a presidente da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, afirmou que a paralisação vai começar às 8h desta segunda-feira na Praça Santos Andrade.
“Quero reafirmar, a nossa greve é legal, cumpriu todos os ritos e inicia na segunda-feira (3). Apesar de todas as tentativas do governo de enfraquecer a nossa luta, nós, professores e professoras, funcionários e funcionárias de todo o estado, não recuaremos”,
disse Walkiria.
No recado, a presidente da APP-Sindicato destacou que a greve não vai prejudicar os estudantes. Os dias sem aula serão repostos no calendário, conforme Walkiria.
Qual a motivação para o movimento grevista?
Segundo a APP-Sindicato, a greve ocorre devido ao programa Parceiro da Escola. A novidade propõe uma parceria para permitir que os gestores se dediquem apenas às atividades pedagógicas para promover um aprendizado maior dos estudantes da rede.
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O projeto de lei, em análise na Assembleia Legislativa, também prevê um modelo democrático com consulta de pais, estudantes, professores e diretores antes da efetivação.
O programa não vai afetar escolas indígenas (em comunidades quilombolas e em ilhas) ou as cívico-militares. O parceiro contratado deverá utilizar os Sistemas Estaduais de Registro Escolar, ficando a cargo da Secretaria de Estado da Educação a expedição de normativas para o uso. Além disso, as plataformas digitais da Seed também estarão disponíveis para aplicação de seu plano de trabalho.
Atualmente, a novidade já acontece em duas escolas-piloto da rede estadual de ensino. Ocorre no Colégio Estadual Aníbal Khury, em Curitiba, e no Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Uma pesquisa realizada com pais e responsáveis de alunos matriculados nas duas escolas participantes do projeto-piloto mostra que mais de 90% deles aprovam o programa. Os benefícios vão do aumento da frequência escolar à inexistência de aulas vagas.