Prefeitura diz que greve é ilegal; sindicato mantém paralisação

A Prefeitura divulgou nota na noite de segunda-feira (7) informando que a greve dos professores de Curitiba, que começa nesta terça (8), foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). O sindicato que representa os professores da rede municipal garantiu que a paralisação está mantida.

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Foto: Reprodução/Sismmac

Segundo o governo municipal, o desembargador substituto, Marcelo Wallbach Silva, em colaboração com o desembargador Luiz Mateus de Lima, estabeleceu multa diária de R$ 20 mil ao Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), caso a greve dos professores seja iniciada.

Além disso, a decisão do magistrado determina que 100% dos profissionais do magistério devem cumprir as atividades integralmente em todas as escolas de Curitiba.

Sindicato mantém greve dos professores de Curitiba

A presidente do Sismmac, Diana Abreu, garante que a paralisação da categoria está mantida para esta terça-feira.

“Se a Prefeitura está admitindo que 50% das escolas vão fechar, é porque tem muito mais escolas que vão fechar. Nossa estimativa é que 80% dos profissionais do magistério aderiram a essa paralisação”, assegura.

“É fundamental que a gente mantenha esse movimento. Qualquer custo da greve, seja qual for, é o sindicato que banca. A gente tem condições de bancar os custos da greve”, garante a presidente do Sismmac a respeito das possíveis multas aplicadas pela Justiça.

Uma caminhada está agendada para sair da Praça 19 de Dezembro às 9h em direção à Prefeitura para reivindicar as mudanças no plano de carreiras que, segundo a categoria, prejudica a aposentadoria dos servidores.

Greve dos professores em Curitiba

A paralisação ocorre em razão das discordâncias da categoria com o plano de carreira apresentado pela Prefeitura. O novo plano, segundo os professores, não permite que todos os professores tenham crescimento na carreira.

Em 2017, o plano de carreira de servidores municipais foi suspenso até 30 de agosto de 2023, por falta de recursos, segundo a prefeitura. Quase seis anos depois, um novo projeto está tramitando na Câmara de Vereadores.

O plano de carreira horizontal, relativo à formação continuada dos profissionais, prevê que apenas 20% dos professores têm direito ao plano a cada dois anos, nos anos pares – 80% da categoria ficaria de fora.

O plano vertical, que diz respeito ao crescimento profissional com base na qualificação, prevê que 5% dos professores sejam enquadrados a cada dois anos, nos anos ímpares. Ou seja, 95% ficariam de fora.

Os professores alegam que o novo plano é injusto e que não garante oportunidades iguais para todos os profissionais. Eles pedem que a Prefeitura reveja o plano e que apresente uma proposta que seja mais justa para a categoria.

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